Desemprego galopante: 2013 marca o início do fim?

Os números do desemprego, cuja taxa atingiu os 14 por cento, são «preocupantes» para os dois partidos de coligação. O PSD admitiu mesmo que estes números terão «tendência para agravamento», enquanto o CDS espera que o próximo ano marque o início do fim.

«Os números são obviamente preocupantes e prefiguram uma situação social delicada. É uma situação social que não nasceu hoje, que vem da situação da crise que se arrasta nos últimos anos, é uma situação que está a agravar-se, manifestamente, e que vai ter ainda ter alguma tendência para agravamento», disse o deputado Adão Silva, citado pela Lusa.

O deputado social-democrata disse esperar «que, através das medidas mais globais e de outras mais pontuais, que o Governo está também a empreender, seja possível obstar a esta situação e inverter, a breve trecho, a situação galopante desemprego em Portugal».

Já o CDS mostrou-se mais optimista ao considerar que 2013 poderá marcar o princípio do fim, através da concertação social e das reformas estruturais empreendidas pelo Governo que criem um clima para «políticas de contratação mais activas».

Para Nuno Magalhães, a «solução» passa por continuar a «sanear as contas públicas» e a «cumprir» os compromissos, para que em 2013 se inicie uma trajetória de crescimento económico.

A inversão dos números do desemprego passa também, defendeu, «por um conjunto de reformas estruturais, como a do arrendamento, que também afecta o arrendamento comercial, ou outras, nomeadamente ao nível de uma política da concorrência, que esperamos que possam permitir no próximo ano alguns sinais de crescimento».

O PS, por sua vez, classificou os números do desemprego como prova do «falhanço» do Governo.

Já o Bloco sublinha que os números são «dramáticos» e o PCP acusa mesmo o Executivo de Passos de estar a afundar o país.