Presidente do Eurogrupo: Grécia deverá precisar de 3º resgate - TVI

Presidente do Eurogrupo: Grécia deverá precisar de 3º resgate

Ministro das finanças da Holanda, Jeroen Dijsselbloem, será o senhor que se segue na liderança do Eurogrupo (Reuters)

Só no outono se saberá com mais precisão se será necessário e de que valor terá de ser

O presidente do Eurogrupo confirmou esta quinta-feira a forte proabilidade de a Grécia vir a precisar de um terceiro resgate internacional.

«Um novo programa será necessário porque o atual pacote de ajuda termina no final de 2014», disse Jeroen Dijsselbloem em entrevista ao jornal «Het Financieele Dagblad», citada pela Bloomberg.

O responsável explicou que os problemas que afetam a economia grega não deverão estar resolvidos já no próximo ano, ano em que termina o atual e segundo programa de assistência financeira a Atenas, pelo que «algo mais terá que acontecer».

Declarações feitas dois dias depois de também o ministro das Finanças alemão ter dado uma terceira intervenção na Grécia como inevitável.

Com os dois programas de resgate já aprovados, a Grécia recebeu ajudas de 240 mil milhões de euros. O segundo programa, o que está em curso, será revisto no outono pela troika e só nessa altura, dependendo dos avanços entretanto feitos pelo Governo grego na reestruturação e reformas da economia, se saberá com precisão se a Grécia precisará de mais de dinheiro e quanto.

Apesar de o Executivo grego ter negado a necessidade de mais um programa de assistência financeira, a própria chanceler alemã admitiu a possibilidade, afirmando que qualquer decisão só será tomada no próximo ano ou em 2015. Os dois governantes alemães puseram, no entanto, de parte a ideia de poder haver um novo perdão da dívida helénica.

Ontem um dos membros do Banco Central Europeu (BCE), Joerg Asmussen, esteve de visita a Atenas para acompanhar os progressos das reformas aplicadas no país e afirmou que o Eurogrupo está decidido a ajudar a Grécia a ultrapassar a crise, e que um terceiro pacote de ajuda financeira não foi discutido.

No mesmo dia, o comissário europeu para os Assuntos Financeiros e Monetários, Olli Rehn, que é também vice-presidente da Comissão Europeia, admitiu um terceiro resgate à Grécia, mas considerou que essa não é a única opção: uma extensão dos prazos de pagamento para os empréstimos concedidos será uma das hipóteses em cima da mesa.
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