«Não estou satisfeito com os desenvolvimentos na Grécia nestas últimas semanas, acho que não progredimos o suficiente, mas vamos esforçar-nos por uma conclusão bem sucedida», disse Juncker, numa curta declaração à entrada para uma reunião com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.
Juncker considerou o encontro entre ambos como «decisivo» e salientou querer «um sucesso e não um falhanço» nas negociações com Atenas.
«Temos falado por telefone, mas decidimos agora fazê-lo pessoalmente e tentaremos avançar na direção de uma conclusão bem sucedida das questões que temos de tratar», salientou.
Por seu lado, Tsipras disse que está a «debater o melhor modo de aplicar as decisões tomadas no Eurogrupo de 20 de fevereiro» passado.
O líder do Governo grego chegou hoje de manhã à sede da Comissão vindo de um encontro com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, a quem assegurou não haver «um problema grego, mas sim europeu».
No final da reunião com Schulz, o chefe do executivo ateniense assegurou que a Grécia está a cumprir com os seus compromissos e sublinhou esperar que os seus parceiros façam a sua parte para ser encontrada «uma solução».
Schulz apelou, por seu lado, a um maior diálogo entre as partes.
O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, disse na quinta-feira que a sua presença no Eurogrupo 'irrita' os parceiros europeus.
A Grécia iniciou na quarta-feira as negociações técnicas com a Comissão Europeia (CE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), sob o alerta de que será preciso um acordo para que seja emprestado mais dinheiro a Atenas.
O Eurogrupo chegou a 20 de fevereiro passado a um acordo sobre o prolongamento por quatro meses, até junho, da assistência financeira à Grécia.
Em contrapartida, as autoridades gregas comprometeram-se a conduzir uma série de reformas, em linha com as condições previstas no atual programa.