Chávez: «Acordos com Portugal são legítimos e beneficiam todos» - TVI

Chávez: «Acordos com Portugal são legítimos e beneficiam todos»

Visita oficial de Hugo Chávez a Portugal (João Relvas/LUSA)

Venezuela vai importar computadores e medicamentos de Portugal

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu esta terça-feira os acordos assinados no fim-de-semana com Portugal, vincando que são legítimos, transparentes e beneficiam todos.

«Ninguém pode dizer, repito, que estamos a oferecer nada, nem uma gota de petróleo. São acordos legítimos, transparentes e claros que beneficiam todos, mas há que explicar ao povo», disse.

O presidente da Venezuela falava no palácio presidencial de Miraflores durante uma alocução transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país e na qual explicou o alcance dos acordos assinados no périplo que realizou à Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, Irão, Síria e Portugal.

Chávez citou a compra de grande «ferry» a Portugal

Hugo Chávez fazia alusão a algumas críticas de cronistas da imprensa venezuelana sobre o périplo que realizou e que davam a entender que em alguns casos a Venezuela poderia estar a oferecer petróleo em troca de apoio anti-imperialista (norte-americano), mas que em nenhum dos casos fizeram referência directa ou indirecta aos acordos com Portugal.

Como exemplo do financiamento através do fundo, Hugo Chávez, citou a compra de um grande ferry a Portugal.

«Tremendo ferry, compadre, que vem para cá. Já vejo Garcia Carneiro (governador luso-descendente do Estado de Vargas)», disse citado pela Lusa.

Hugo Chávez explicou que a rota prevista para o novo ferry é do porto de La Guaira até às ilhas de Orchila, Los Roques e Margarita.

«Eu quero meter todos esses meninos pobres de La Guaira, as famílias mais pobres, no tremendo ferry, a classe média também. São 800 pessoas. Aí está um modelo do ferry que já pronto está a partir de Portugal, (será) uma linha de ferry, turismo popular, turismo venezuelano», frisou.

Hugo Chávez, que antes fez alusão ao início de exportações de café para países asiáticos, referiu que o primeiro-ministro português, José Sócrates, não gosta de café e explicou ainda que a Venezuela vai importar computadores e medicamentos de Portugal.
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