Nuclear: LPN quer debate para esclarecer custos - TVI

Nuclear: LPN quer debate para esclarecer custos

Estação Nuclear

Liga para a Protecção da Natureza considera que as contas têm sido adulteradas

A Liga para a Protecção da Natureza (LPN) concorda com a realização de um debate sobre o nuclear, porque considera que está na altura de apresentarem todos os custos deste tipo de produção de energia, refere a Lusa.

«O debate é sempre útil, até porque tem estado inquinado. A mentira permanente de não quererem fazer as contas leva à necessidade de um debate sério», afirmou o presidente, Eugénio Sequeira.

Portugal deve estudar opções pela energia nuclear?

A LPN considera o «risco» do nuclear «demasiado elevado» e concorda com a Quercus, na medida em que «o preço da energia produzida é muito maior». As contas do nuclear têm de ser apresentadas «do berço até à cova», sem camuflar ainda as soluções existentes para os produtos e resíduos radioactivos.



«Quanto custa qualquer avaria numa central? Quanto custa o encerramento duma central?», questionou.

Presidente do ITN defende realização de estudos

O presidente do Instituto Tecnológico Nuclear (ITN), Júlio Montalvão e Silva, considera que seria «sensata» a realização de estudos sérios, uma vez que a hipótese nuclear não deve ser baseada no «medo que as pessoas têm da palavra nuclear».



«A minha opinião pessoal é que o que ele [Vítor Constâncio] disse revela sensatez. Nós não podemos de forma alguma descartar qualquer hipótese. Qualquer outra alternativa existente deve ser considerada, analisando de uma forma adequada os prós e os contras e comparando com outras soluções que possam existir», disse.

Montalvão e Silva salienta que não se pode garantir que as centrais nucleares sejam cem por cento seguras, mas realça que hoje uma central nuclear está muito longe do drama permitido em Chernobyl.

«A nível do Ocidente podemos dizer que as centrais nucleares têm vindo, de uma forma gradual e acelerada, a aumentar tudo o que diz respeito à segurança e não há história de acidentes em muitos anos», garantiu.
Continue a ler esta notícia