Alcácer: duas escolas podem fechar

O município de Alcácer do Sal (Setúbal), presidido pelo socialista Pedro Paredes, criticou, esta terça-feira, o eventual encerramento de duas escolas do primeiro ciclo no concelho, marcadamente rural, considerando «inaceitável» o uso de critérios definidos para zonas urbanas, informa a agência Lusa.

«Se, num ambiente urbano, se justifica que os critérios usados para manter escolas abertas sejam o de mais de 20 alunos e mais de um professor, numa zona rural e com povoamento disperso, como a de Alcácer, isso não é aceitável", defende Pedro Paredes, em comunicado.

Para o autarca, que garante ter tido conhecimento, «informalmente», do possível fecho das escolas de Montevil e Arez, o concelho tem uma realidade com «especificidades próprias», que considera que «devem ser respeitadas».

O município pretende questionar a Direcção Regional de Educação do Alentejo (DREA) sobre estes eventuais fechos, mas considera já que a medida se reveste de «total falta de justificação».

«Não faz qualquer sentido encerrar» estas duas escolas, assegura Pedro Paredes, sublinhando que, no caso de Montevil, estabelecimento com dez alunos, a natalidade «está a crescer».

«Há construção de casas e fixação de casais novos que, pela lógica, vão ter filhos a frequentar a escola local», acrescenta.

Quanto a Arez, cuja escola é frequentada por seis alunos, o município, segundo o autarca, está também a fazer «algum esforço» para «atrair casais», nomeadamente através da «criação de lotes de habitação para venda».

No ano passado, foram encerradas quatro escolas no concelho, mais precisamente as de Casa Branca, Santa Susana, Santa Catarina e Foros de Albergaria.

«Mas, todas elas tinham uma frequência de alunos bastante inferior à das escolas de Montevil e Arez», sublinha o município.