Pedro Sánchez: Espanha à espera da decisão do primeiro-ministro - TVI

Pedro Sánchez: Espanha à espera da decisão do primeiro-ministro

  • CNN Portugal
  • MJC - noticia atualizada às 8:45
  • 29 abr, 06:28
Pedro Sánchez (Geert Vanden Wijngaert/AP)

O líder do governo espanhol anuncia esta segunda-feira às 10.00 se continua à frente do executivo ou apresenta a sua demissão

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O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, vai comunicar ao país às 11:00 (10:00 em Lisboa) se fica ou não no governo. A possível demissão surge depois de um tribunal de Madrid abrir uma investigação preliminar sobre a mulher, por suspeitas de tráfico de influência e corrupção. O caso foi arquivado pelo Ministério Público, mas a polémica levou Sánchez a cancelar a sua agenda para a última semana, dizendo que precisava de “parar e refletir” e perceber se “vale a pena” continuar à frente do Governo ou “renunciar a esta honra”.

O primeiro-ministro espanhol sublinhou que a ação judicial, por alegados crimes de tráfico de influências e corrupção, foi colocada pela organização "ultradireitista" Manos Limpias, um "pseudosindicato" dos trabalhadores do setor público espanhol, e considerou que esta denúncia faz parte de uma estratégia de "perseguição e demolição" que se arrasta há vários meses para tentar "quebrá-lo política e pessoalmente, atacando a minha mulher". "A democracia falou, mas a direita e a ultradireita, novamente, não aceitaram o resultado eleitoral", disse. "Estavam conscientes que o ataque político não seria suficiente e agora ultrapassaram a linha do respeito pela vida familiar de um presidente do governo".

No sábado, o Partido Socialista de Espanha (PSOE) denunciou a "guerra suja" da direita e extrema-direita contra o primeiro-ministro do país e a sua família, baseada em campanhas de desinformação, pedindo a Pedro Sánchez para não se demitir. "Presidente, fica. Pedro, fica. Estamos contigo. Em frente!", disse a vice de Sánchez no PSOE e no Governo, Maria José Montero, na abertura de uma reunião da Comissão Federal do partido, em Madrid, três dias depois de o primeiro-ministro ter anunciado que ponderava demitir-se.

Por outro lado, o Partido Popular de Espanha (PP, direita) acusou o primeiro-ministro de estar a vitimizar-se e a fazer campanha eleitoral com o anúncio de que pondera demitir-se. "Não se deixem enganar. Espanha não tem um problema, quem tem um problema judicial é o senhor Sánchez", disse Alberto Núñez Feijóo, que acusou o líder dos socialistas de "frivolidade absoluta" por ter dito que pensava demitir-se.

"Em vez de desaparecer cinco dias, o presidente [do Governo] deve aparecer de maneira urgente para dar uma explicação razoável sobre os escândalos que rodeiam o seu partido, o seu Governo e a sua mulher", disse também a dirigente do PP Cuca Gamarra, numa declaração enviada pelo partido aos meios de comunicação social. 

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