Onde se vive mais e menos - TVI

Onde se vive mais e menos

  • Portugal Diário
  • 12 ago 2007, 10:36
Os «seniornautas» (Foto de Marta Sofia Ferreira)

Andorra tem a maior esperança média de vida. Suazilândia a menor

Andorra, um pequeno principado dos Pirinéus entre a França e Espanha, apresenta a maior esperança média de vida, com 83,5 anos, seguido pelo Japão, Macau, San Marino e Singapura.

As esperanças de vida mais curtas localizam-se na África Subsaariana, uma região devastada pela sida, pela fome e pela guerra.

A Suazilândia apresenta a menor esperança de vida, com 34,1 anos, seguida pela Zâmbia, Angola, Libéria e Zimbabué.

Se é verdade que os norte-americanos vivem hoje mais tempo do que nunca, também é verdade que os cidadãos de outros 41 países podem esperar viver mais do que eles.

Há décadas que os Estados Unidos vêm a baixar de posição nas estatísticas internacionais sobre esperança de vida, enquanto outros países apostam na melhoria dos seus serviços sanitários, da alimentação ou dos estilos de vida.

Entre os países e regiões que ultrapassam os Estados Unidos contam-se o Japão e a maioria da Europa, a Jordânia, Guam e as ilhas Caimão.

Também Portugal, com uma esperança de vida em 2006 de 78,5 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), ultrapassa os Estados Unidos neste «quadro de honra» da vida.

«Algo está mal quando um dos mais ricos países do mundo, o que mais gasta em cuidados com a saúde, não é capaz de acompanhar outros países», afirmou Christopher Murray, director do Instituto de Avaliação da Saúde da Universidade de Washington.

Um bebé nascido em 2004 nos Estados Unidos pode esperar viver até aos 77,9 anos. É uma esperança de vida que figura na 42ª posição das estatísticas - era a 11ª vinte anos antes -, segundo números internacionais divulgados pelo Gabinete de Recenseamento e números domésticos do Centro Nacional de Estatísticas da Saúde.

As razões que afastaram os EUA

Investigadores afirmam que vários factores contribuíram para que os Estados Unidos se deixassem ultrapassar por outras nações industrializadas. Uma das principais será o facto de 45 milhões de norte-americanos não possuírem um seguro de saúde, enquanto o Canadá e a maioria dos países europeus dispõem de serviços sanitários universais.

Outros factores, contudo, contribuem também para os cidadãos dos Estados Unidos poderem esperar viver menos. Por exemplo, quase um terço dos adultos dos Estados Unidos com mais de 20 anos são obesos e cerca de dois terços têm peso a mais, segundo o Centro Nacional de Estatísticas da Saúde.

«Os Estados Unidos têm os recursos que permitem que as pessoas engordem e fiquem indolentes», afirmou Paul Terry, professor assistente de epidemiologia na Universidade de Emory, em Atlanta.

«Temos o luxo de poder escolher um mau estilo de vida, em vez de termos um estilo imposto por tempos difíceis», acrescentou.
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