FED salva AIG com empréstimo de 85 mil milhões de dólares

Depois de ter estado entre a «espada e a parede», a AIG, a maior seguradora dos Estados Unidos, acabou por evitar uma falência depois da Reserva Federal (Fed) norte-americana ter anunciado que vai conceder à companhia um empréstimo de 85 mil milhões de dólares (60 mil milhões de euros).

Na prática isto significa que o Governo de W. Bush vai passar a deter uma posição de 79,9% na seguradora e assume, desta forma, o controlo da AIG, ou seja, recebe o direito de vetar a distribuição de dividendos aos accionistas e detentores de títulos preferenciais.

A verdade é que, ontem foi avançado que a AIG poderia decretar falência dentro de horas caso não aumentasse o seu capital, o que levou o conselho de administração do FED a reuniu-se, tendo indicado mais tarde que «nas circunstâncias actuais, uma falência não controlada da AIG poderia aumentar a fragilidade já significativa dos mercados financeiros e provocar um aumento substancial dos custos do crédito, uma redução da riqueza das famílias e um enfraquecimento da performance económica».

A actuação da Fed faz-se sentir ainda mais pelo facto de evitar um novo colapso, o que «poderia aumentar a já elevada fragilidade dos mercados financeiros».

Assim, o dinheiro emprestado pelo FED vai permitir à seguradora «honrar as suas obrigações actuais e à medida que estas se apresentem».

Além disso, Robert Willumstad, até agora presidente executivo da AIG, abandonou o cargo e é agora substituído por Edward Liddy, antigo CEO de outra seguradora, a Allstate.

Este empréstimo concedido pela Fed ter uma duração de 24 meses (2 anos).