Inglaterra tem uma base montada e um ataque assustador - TVI

Inglaterra tem uma base montada e um ataque assustador

Inglaterra-França

GRUPO C

Southgate está na seleção britânica desde 2016, tendo já um trajeto feito pelas camadas jovens. Entra agora na quarta competição ao comando dos ingleses, na esperança de finalmente poder dar um título ao país.

A base já está montada há alguns anos, apesar da convocatória para o Euro 2024 não ter nomes como Marcus Rashford, Jordan Henderson, Ben Chilwell, Harry Maguire, Jack Grealish ou Kalvin Phillips, que já eram pedras assentes em convocatórias anteriores.

Por consequência, nomes como James Trafford (Burnley), Jarrad Branthwaite (Everton), Jarrel Quansah (Liverpool), Curtis Jones (Liverpool), Kobbie Maino (Manchester United), Adam Wharton (Crystal Palace) e Eberechi Eze (Crystal Palace) foram chamados, ainda que o plantel seja apenas  provisório.

Momento Ofensivo

Se antes Southgate optava sempre por um 3x4x3 em que Kyle Walker fazia o papel de terceiro central e o extremo fazia o papel de ala, nos últimos jogos da qualificação o selecionador optou por um 4x2x3x1.

Neste 4x2x3x1 os laterais aparecem mais baixos, para dar apoio aos centrais na construção. Declan Rice torna-se o médio mais recuado, tendo a tarefa de procurar receber a bola dos centrais e encontrar linhas de passe para progredir. Os médios encontram-se assimétricos para facilitar a progressão, sendo que o 8 aparece entrelinhas muitas vezes para atrair a pressão adversária.

Já os extremos aparecem por dentro para apoiar o médio ofensivo e criar superioridade numérica entre linhas.

A construção da equipa inglesa em pontapé de baliza, a linha defensiva, com o apoio dos dois médios próximos, comportamento dos laterais baixos atrai marcação

Em 3x4x3, normalmente é Walker que baixa para o lugar de central lateral, ficando Trippier como ala esquerdo e o extremo do lado direito (Saka/Bowen) como ala no corredor inteiro.

Neste esquema, os dois médios ficam sempre em parelha e de costas, para atrairem a pressão, enquanto os avançados interiores descem para receber e criar distâncias entre o lateral adversário e o ala.

Chegada a zonas de finalização, sempre com dois jogadores próximos do centro da área, mas os extremos/laterais têm capacidade de em situações de 1x1 finalizar

Momento Defensivo

Em momento defensivo, o selecionador britânico procura uma pressão média, com as linhas compactas e muito juntas. Faz uso do 4x4x2, em que o médio ofensivo se junta ao avançado e os extremos se tornam médios alas.

A ideia é, mais do que asfixiar o adversário, procurar que ele não tenha hipóteses de sair com bola controlada, obrigando-o a arriscar mais em passes centrais: nesse momento Rice e o outro médio imediatamente pressionam e desarmam, para recuperar a posse. Os médios andam constantemente colados aos médios adversários, indo para onde os adversários forem.

Pressão alta e agressiva, procurando dificultar a saída do adversário com a bola controlada, jogadores sempre muito próximos das opções próximas

Em zonas recuadas, optam por colocar ou uma linha de 5 + 2, em que os médios ficam muito juntos da linha defensiva, ou então um 4x2x2x1 em que existem duas linhas para defenderem o espaço central antes da bola entrar perto da defesa. Nesta linha, os 2 mais à frente basculam entre o espaço central e ala para ajudarem o lateral no um contra um.

Em zonas recuadas a equipa defende em 5+2, com linhas muito próximas

Jogador Destaque:

Phil Foden já tem alguns anos de Premier League ao serviço do City, mas esta foi a época de total afirmação. MVP do campeão e talvez da Premier League. O médio ofensivo dos citizens está numa forma esplendorosa e pronto para colocar ao serviço da seleção a sua criatividade, inteligência e capacidade de definição.

Jogador Promessa:

Adam Wharton. A ascensão do médio formado no Crystal Palace tem sido fantástica. Chegou em janeiro do Blackburn Rovers, que está no Championship, e rapidamente se tornou peça fundamental na Premier League. Com a entrada de Oliver Glasner ao serviço do Palace, Wharton ganhou uma preponderância ainda maior no meio campo da equipa de Londres. Inteligente e capaz de jogar entre linhas com uma facilidade incrível, o médio inglês é o motor da equipa de Glasner, o homem que liga toda a posse aos artistas da frente. Deverá ter poucos minutos, mas a subida de patamar foi tal que Southgate não ficou desatento.

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