Banco de Portugal acusa ex-presidentes e ex-administradores do BCP - TVI

Banco de Portugal acusa ex-presidentes e ex-administradores do BCP

BCP - Milennium

Em causa está o recurso a entidades off-shore para compra de acções próprias e prestação de informação falsa

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O Banco de Portugal encerrou já as investigações ao BCP e decidiu acusar três ex-presidentes do banco, além de quatro antigos administradores da instituição. Em causa está o recurso a entidades off-shore.

As notificações seguiram ainda na passada sexta-feira, confirmou a Agência Financeira junto de fonte do regulador.

Dois dos actuais directores do banco estão também implicados, apesar de os alegados actos irregulares terem sido cometidos durante as anteriores administrações. São eles Luís Gomes, chefe de gabinete do presidente do Conselho Geral e de Supervisão, e Filipe Abecassis, do centro corporativo do banco.

BCP também está acusado

Além dos responsáveis, também o próprio BCP é acusado pela instituição liderada por Vitor Constâncio, podendo ser condenado a uma coima que pode ir até aos 2,5 milhões de euros por cada infracção grave. Já os responsáveis incorrem em coimas de um milhão de euros por cada infracção, podendo assim vir a ser proibidos de exercer funções bancárias por um período que pode ir até aos 10 anos.

Depois de terem sido notificados, na passada sexta-feira, os visados têm 30 dias úteis para exercerem o direito ao contraditório. Decorrido esse prazo, o Banco de Portugal deverá ouvir as testemunhas entretanto indicadas pelos acusados e analisar eventuais provas e só depois poderá tomar a decisão final.

As acusações em causa incluem a omissão de informação e a prestação de informação falsa ao mercado, já que o BCP escondeu do regulador os off-shores, veículos através dos quais adquiriu acções próprias

Francisco Lacerda, Alexandre Bastos Gomes e Boguslaw Kott ficaram de fora

De fora das acusações ficaram apenas três ex-gestores do banco, Francisco Lacerda, Alexandre Bastos Gomes e Boguslaw Kott.

A «Lusa» adianta que os visados são acusados apenas de contra-ordenações graves, mas não da prática de crimes, sendo que não foram ainda apuradas responsabilidades individuais.
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