Portugal quer UE a liderar concertação inter-regional contra crises - TVI

Portugal quer UE a liderar concertação inter-regional contra crises

Luís Amado

Integrada com entidades como Banco Mundial e FMI

Relacionados
Portugal propôs hoje na cimeira informal de Bruxelas a criação de um novo mecanismo de concertação inter-regional, liderado pela União Europeia, devido à sua experiência, para fazer face às crises numa realidade macroeconómica nova, avança a «Lusa».

«Precisamos de novas ideias e novas instituições, porque estamos a fazer frente a uma crise de dimensões absolutamente inesperadas, que eventualmente nos levarão para um mundo diferente do mundo que hoje conhecemos», afirmou no final da reunião o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, que substituiu o primeiro-ministro José Sócrates, retido em Lisboa pelo debate e votação do Orçamento para 2009.

A cimeira informal hoje realizada em Bruxelas visou a definição de uma posição comum dos 27 sobre a reforma do sistema financeiro internacional, que será discutida na Cimeira do G20 a celebrar a 15 de Novembro em Washington.

Amado revelou que Portugal colocou em cima da mesa uma proposta com vista à criação, a prazo, de «um novo mecanismo de concertação», dado entender ser hoje «absolutamente indispensável garantir a coordenação das políticas a nível regional», dada a dimensão global da economia e os novos equilíbrios macro-económicos.

«A ideia que adiantámos foi a de se poder pensar a prazo numa estrutura que integre as organizações regionais (União Europeia, ASEAN, Mercosul, União Africana), e um conjunto de estruturas que estão hoje criadas a nível mundial com níveis diferenciados de integração e que do meu ponto de vista deviam ser convocadas para trabalhar em conjunto com Banco Mundial, bancos regionais de desenvolvimento, FMI, numa perspectiva de concertação do desenvolvimento e crescimento económico à escala global», explicou.

«A concertação entre as diferentes regiões é do nosso ponto de vista absolutamente indispensável», disse, defendendo que essa concertação seja liderada pela UE, «o exemplo mais avançado» neste domínio à escala mundial, pois tem «a experiência mais avançada de integração económica regional e uma credibilidade em termos de integração económica e financeira» que «nenhuma outra região tem».
Continue a ler esta notícia

Relacionados