Portugal recebe nova onda de «imigração de luxo» - TVI

Portugal recebe nova onda de «imigração de luxo»

Praia M

Portugal é cada vez mais um destino de eleição para as pessoas com posses financeiras, vindas do Norte da Europa, passarem o resto dos seus dias. São maioritariamente britânicos e com um poder de compra superior ao nacional, segundo revela um estudo do maior jornal nacional em língua inglesa, o «The Portugal News».

Segundo o estudo, 31% dos 250 mil estrangeiros que vivem em Portugal têm entre 35 e os 50 anos, enquanto os que têm entre 50 e 65 anos constituem cerca de 62% do total. São pessoas com poder de compra acima da média nacional, onde estão inseridos, maioritariamente reformados, quadros superiores em grandes empresas, directores de hotéis e pequenos empresários.

«O mercado ainda não percebeu bem o enorme potencial deste segmento, que além de ter poder de compra privilegia a qualidade à origem dos produtos e serviços», afirmou o director-geral do jornal, Paul Luckman. «Ao contrário de Espanha, que atrai imigração com menos poder de compra, Portugal está a tornar-se um pólo de atracção para a imigração de luxo», acrescentou.

Relativamente às conclusões do estudo sobressaem vários factores. Em primeiro lugar, na escolha do banco de eleição. O Barclays Bank, que é um banco internacional, tem vindo a perder quota de mercado entre estes imigrantes, que cada vez mais preferem instituições portuguesas. Isto deve-se «à falta de qualidade da instituição que, por exemplo não tem um site em inglês em Portugal. Mesmo que as pessoas conheçam o nome não têm o mesmo tipo de serviço», acrescentou Paul Luckman

Assim, o Millenium BCP vence em percentagem de clientes (30%) e em grau de satisfação (86%), seguido do BES e da CGD. Quanto a automóveis, os imigrantes preferem carros da Renault (11%), da Volkswagen (8%) e da Ford (8%).

È de realçar a posição face ao fornecedor de energia, já que 74% dos inquiridos estão dispostos a abandonar a EDP, contra 26% que planeiam ficar.

Fim das offshores fragiliza posição face ao Governo

No que toca à actuação do Governo socialista, 41% não se pronuncia, 14% acha que é melhor que o anterior e 8% acha que é pior. «A lei sobre o fim das off-shores causou maus sentimentos nas comunidades de imigrantes», o que prejudicou esta sondagem, adiantou Paul Luckman.

O estudo foi realizado entre 3 de Outubro e 25 de Novembro de 2005, com uma amostra de 215 indivíduos estrangeiros residentes em Portugal.
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