Governo vai optar por discurso futurista hoje no Parlamento - TVI

Governo vai optar por discurso futurista hoje no Parlamento

Luís Campos e Cunha

O Governo vai aproveitar o debate de hoje do estado da Nação para lembrar as promessas já cumpridas nos primeiros cem dias e virar o discurso para o futuro, com a oposição a pedir explicações.

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O debate do estado da Nação, com o primeiro-ministro, José Sócrates, acontece um dia depois de ter sido aprovado o Orçamento Rectificativo, que corrige as contas do anterior executivo PSD/CDS, e dois dias após a apresentação do Plano de Investimentos em Infra- estruturas Prioritárias (PIIP), no valor de 25 mil milhões de euros, entre 2005-2009, refere a agência «Lusa».

No balanço dos primeiros meses de actividade do executivo, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, destacou «o programa de criação de estágios para jovens em pequenas e médias empresas, o arranque do plano tecnológico, a redução das férias judiciais e o plano de descongestionamento dos tribunais, a venda livre de medicamentos não sujeitos a receita médica e o próprio programa de consolidação das finanças públicas».

De acordo com a «Lusa», mesmo sobre o recente aumento de impostos (IVA, imposto sobre o tabaco e sobre os produtos petrolíferos, medidas não previstas no programa eleitoral do PS), Augusto Santos Silva defendeu que «houve a coragem de colocar o interesse geral acima do interesse do partido».

Os partidos da oposição têm uma visão diferente dos primeiros três meses de governação socialista e deverão aproveitar o debate para confrontar o primeiro-ministro, José Sócrates, com as opções do Governo para consolidar as contas públicas.

A agência de notícias acrescenta ainda que se o PSD preferiu não antecipar a sua estratégia para o debate, PCP e BE revelaram que vão levantar o problema do desemprego e o CDS-PP irá pedir explicações sobre um eventual novo aumento de impostos na actual legislatura.

O ministro de Estado e das Finanças, Luís Campos e Cunha, afirmou quarta-feira no debate do Orçamento Rectificativo que, tal como está previsto no programa de Governo do PS, irá ser feita uma reavaliação do sistema de benefícios fiscais em Setembro, um dia depois do primeiro-ministro ter garantido, numa entrevista à SIC, que os impostos não iriam subir novamente.
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