Apito: Pinto de Sousa acusado de 144 crimes - TVI

Apito: Pinto de Sousa acusado de 144 crimes

  • Portugal Diário
  • 24 jul 2007, 10:21

MP acusa ex-presidente do Conselho de Arbitragem por viciar classificações de árbitros

O ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol Pinto de Sousa foi acusado formalmente pelo Ministério Público de 144 crimes de falsificação de documento no caso das alegadas viciações das classificações dos árbitros, noticia hoje a imprensa.

115 crimes de falsificação de documento

De acordo com a edição de hoje do Jornal de Notícias, «os ilícitos imputados a José António Pinto de Sousa incluem 115 crimes de falsificação de documento consumados e 29 eventualmente sob a forma tentada».

O jornal escreve que a equipa de coordenação do processo Apito Dourado - liderada por Maria José Morgado - «acusou 16 pessoas, arquivando os casos de dezenas de outros suspeitos, incluindo alguns dos nomes mais sonantes do futebol português, Pinto da Costa [presidente do FC Porto], Valentim [Loureiro, ex-presidente da Liga de Clubes] e João Loureiro [presidente do Boavista]».

A alegada viciação das classificações dos árbitros das três principais categorias de futebol profissional diz respeito às temporadas de 2002/03 e 2003/04.

Mais de dez árbitros

O Diário de Notícias, que também destaca hoje o mesmo tema, adianta que foram acusados juntamente com Pinto de Sousa outros responsáveis da FPF, «incluindo membros do conselho de arbitragem de pelo menos duas associações de futebol e cerca e uma dezena de árbitros».

No total, escreve o DN, «são cerca de 20 os propostos pelo MP para julgamento, entre os 50 arguidos que constavam da certidão» extraída do processo principal.

O Ministério Público acredita - adianta o DN - que «as classificações eram viciadas, havendo indícios de que Pinto de Sousa dialogava com os presidentes dos conselhos de arbitragem dos diversos distritos, antes de tomar qualquer decisão sobre quem descia ou subia de categoria».

O MP acredita que nestas decisões pesavam «os interesses das associações distritais e regionais de futebol».

Por outro lado, o JN diz que entre os acusados «estão elementos que então compunham o Conselho de Arbitragem e funcionários a exercer funções na federação relacionados com tarefas informáticas».
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