Évora: PJ investiga disparos em discoteca

A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar os desacatos ocorridos, domingo, junto a uma discoteca em Évora, que provocaram três feridos, atingidos por tiros de caçadeira, sem que, até final da manhã de hoje, tivesse sido detido qualquer suspeito, escreve a Lusa.

Fonte da PJ confirmou a existência das investigações, mas adiantou que ainda não foi realizada qualquer detenção.

Um cliente e dois seguranças da discoteca Praxis, com idades entre os 20 e os 34 anos, ficaram feridos na madrugada de domingo, ao serem atingidos por tiros de caçadeira, tendo dado entrada no Hospital de Évora.

Um dos seguranças acabou por ser transferido para o Hospital de S.José, em Lisboa, para ser observado por médicos especialistas em oftalmologia, enquanto os outros dois homens, com ferimentos ligeiros, tiveram alta hospitalar logo no mesmo dia.

Em comunicado, a PSP de Évora revela hoje que o incidente envolveu o disparo de dois tiros de caçadeira, «supostamente dirigidos ao responsável e a seguranças da discoteca».

Contactado no domingo, um dos sócios-gerentes da Praxis, Francisco Rafael, admitiu que o incidente poderá ter sido provocado por indivíduos que, nessa mesma madrugada, «não foram autorizados a entrar na discoteca».

«Esses indivíduos foram, inclusive, mandados para casa pela PSP, que foi chamada ao local», frisou.

Mais tarde, disse, «um automóvel parou junto à discoteca, pelo menos com dois homens no interior», os quais «saíram para a rua».

«Um deles disparou os dois tiros de caçadeira», sublinhou o responsável da Praxis.

Francisco Rafael, que se encontrava no exterior da discoteca na altura, garantiu ainda ter conseguido «tirar a matrícula» da viatura em que os suspeitos se puseram em fuga, a qual já foi apreendida.

As apreensões do automóvel, da arma utilizada e dos invólucros resultantes dos disparos, foram hoje confirmadas pela PSP, que revela também ter sido indicada a «existência de um suspeito» da autoria dos tiros.

A discoteca Praxis, em pleno centro histórico de Évora, está em funcionamento há «quase quatro anos» e, segundo realçou Francisco Rafael, uma situação como a da madrugada de domingo é «inédita».