BES negoceia acordo de parceria com banco na Ucrânia

Segundo a agência «Reuters», o responsável do projecto do BES «Novos Residentes» adiantou que o banco tem 80 mil clientes imigrantes, excluindo originários de países da União Europeia, tendo captado este ano nove mil clientes neste segmento, face à meta de 16 mil para o fim de 2006.

Acrescentou que a parceria com o brasileiro Banco Bradesco, onde um BES tem uma «participação financeira», foi também aprofundada ganhando uma dinâmica operacional, com o lançamento de produtos para os empresários portugueses e brasileiros.

O BES tem orçamentado um investimento de 800 mil euros para este ano, para campanhas de captação de clientes imigrantes, sobretudo do centro e leste europeus e Brasil.

O banco patrocina uma expedição de carro, num investimento de 120 mil euros, para aproximar Portugal do centro e leste europeus, 20 anos depois de uma viagem semelhante ter sido realizada por portugueses, incluindo o então jornalista Carlos Fino.

«Estamos a negociar uma parceria com um banco na Ucrânia e em breve haverá novidades», disse Jorge Portugal.

Adiantou, em conferência de apresentação da expedição e da marca TransBES, que ainda o BES pretende conhecer melhor aquele mercado, que está em fase de consolidação, não excluindo uma presença directa naquele país, ou mesmo uma aquisição.

Lembrou que o BES tem uma parceria na Moldávia com o Moldinconbank, e tem presença directa em Angola e actua indirectamente em Cabo Verde, onde mais tarde admite entrar na na banca de retalho.

Frisou que em Portugal existe cerca de meio milhão de imigrantes a residir no país e que actualmente são cerca de 100 mil os imigrantes em condições de se tornar residentes no país em 2006-2007.

«Este segmento afirma-se como um dos que tem maior potencial de crescimento no negócio da banca. Na banca este segmento dos imigrantes é crítico porque a população não está a crescer», salientou Jorge Portugal.

Entre os produtos que o BES oferece aos «Novos Residentes», destaca os ligados à poupança e crédito à habitação, além das comuns contas à ordem e serviços de transferências.

«Actualmente, cinco por cento da nossa base de clientes são «Novos Residentes», ou seja, 80 mil, o que é abaixo da nossa quota natural que é de 20%, ou 100 mil clientes. Queremos aproximarmo-nos da nossa quota natural neste segmento», afirmou.