Menos dez por cento de crimes em cinco meses

Os crimes contra as pessoas, contra o património e contra a sociedade registados pela PSP, entre Janeiro e Maio de 2005, desceram dez por cento. As quedas mais significativas estão nos crimes de homicídio, roubo com arma de fogo e nos furtos em carros e de carros.

Os dados a que o PortugalDiário teve acesso dão conta da avaliação feita pela PSP em relação à criminalidade registada até Maio e é com base nesta apreciação que os agentes estão a actuar na operação Verão Seguro. «As políticas seguidas, nomeadamente nas opções de reforço de patrulhamento são feitas tendo em conta os dados mais recentes», explicou o comissário Moura da Direcção Nacional da PSP, ao nosso jornal.

Apesar do panorama positivo, há crimes que continuam a aumentar. Os furtos em estabelecimentos comerciais passaram de 3255 ocorrências, nos primeiros cinco meses de 2004, para 3543 nos mesmos meses de 2005. Assim, mais 8,8 por cento de lojas foram alvo de assaltos enquanto os donos estavam ausentes.

Outro delito que cresceu foi o furto levado a cabo por carteiristas. Nos primeiros meses de 2005 aumentou seis por cento, tendo sido contabilizadas 5291 carteiras furtadas. Segundo as estatísticas da PSP, houve apenas mais um crime que cresceu nos últimos tempos: o roubo a motoristas de transportes públicos. De Maio do ano passado para Maio deste ano, o aumento é para o dobro (em 2005 foram assaltados 12).

Mas a descida em dez por cento dos principais delitos está relacionada com os decréscimos em crimes muito frequentes. É o caso do furto em veículos [ver artigo relacionado Furto a interior de carros é o crime mais frequente em Portugal], que diminuiu mais de 20 por cento nos primeiros meses de 2005 - de mais de 14 mil furtos em 2004, passamos para pouco mais de 11 mil já este ano. O furto de carros ainda desce mais sofrendo uma diminuição de 23,7 por cento.

Outra descida muito acentuada verifica-se nos roubos com arma de fogo. Nos meses referidos, de um ano para o outro, registaram-se menos 29 por cento de roubos deste tipo. Já o furto ou roubo por esticão desceu 7,6 por cento. Mas o recorde das descidas está nos casos de homicídio, a descida chega aos 36 por cento.

Na criminalidade considerada violenta, e que será provavelmente a que contribuiu mais para o aumento do sentimento de insegurança, também existiram decréscimos significativos. A delinquência grupal passou de 2425 ocorrências para 2105, o que representa uma descida de 13 por cento. A delinquência juvenil não teve uma redução de casos tão acentuada, mas ainda assim também diminuiu 1,6 por cento.