PCP apoia «formas de luta» da CGTP

O secretário-geral do PCP defendeu esta terça-feira que os protestos dos trabalhadores contra as políticas laborais e sociais do Governo devem subir «de patamar», e assegurou o apoio dos comunistas às «formas de luta» que a CGTP decidir.

«O PCP não se limitará a assistir, não só tem posição solidária, mas também de mobilização dos seus militantes, dos amigos do partido e dos trabalhadores que se identificam com as nossas posições para dar uma contribuição para trazer a luta para outro patamar», afirmou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral comunista falava aos jornalistas no final de uma reunião com uma delegação da CGTP, liderada pelo seu secretário-geral, Carvalho da Silva, na sede nacional do PCP.

A reunião, que durou hora e meia, decorreu um dia depois de a CGTP ter anunciado um apelo para uma greve «em todos os sectores» no dia 30 de Maio, cujos contornos só estarão definidos no próximo dia 18, não se sabendo ainda se o apelo é para uma greve geral.

Questionado pelos jornalistas, Jerónimo de Sousa recusou pronunciar-se sobre se o PCP preferia apoiar uma greve geral, alegando que a definição das formas de luta compete aos sindicatos.

«Mais importante que a forma, se é assim ou se é assado, o importante é que essa luta atinja um patamar em conformidade com a gravidade da ofensiva que aí está», disse. Recusando divergências com a CGTP, Jerónimo de Sousa destacou que «existe uma comunhão de pontos de vista em relação à situação laboral e social» e «uma convergência de opiniões em relação à necessidade de uma resposta».

Quanto às expectativas sobre os resultados da acção do dia 30 de Maio, Jerónimo de Sousa disse acreditar que os trabalhadores «vão possivelmente realizar uma das grandes acções dos últimos anos, nas formas que entenderem».