Num documento aprovado pelo executivo comunitário, Bruxelas refere que vários países que aderiram à UE em Maio passado, como a Lituânia, Letónia e Estónia, apresentam das mais elevadas taxas de novas infecções do mundo, superiores às existentes em África.
No total, estão infectadas com a doença cerca de 580 mil pessoas na Europa ocidental - que duplicou o número de novos casos, em especial nos jovens entre os 15 e os 25 anos -, bem como 1,3 milhões na Europa oriental e Ásia central.
Itália (140.000) e França (120.000) estão entre os países com o maior número de casos de sida, enquanto a Letónia (7.600) e Lituânia (1.300) registaram a taxa mais alta de crescimento de novos casos.
Apesar da principal causa de transmissão da doença ser através de relações sexuais, o consumo de drogas intravenosas é outro dos factores, com Portugal a contribuir para as estatísticas ao ser o segundo país com a maior incidência de sida entre os consumidores de drogas injectáveis, a seguir a Espanha.
Bruxelas defende novas e imediatas medidas para enfrentar a doença nos próximos 18 meses, nas quais se inclui a necessidade de boas práticas em matéria de prevenção de sida, iniciativas para acelerar a autorização de novos medicamentos e vacinas, o investimento na área da investigação e a criação de uma rede de vigilância a nível europeu.
A Comissão Europeia prevê uma dotação de um milhão de euros entre 2003 e 2006 para um programa de combate à sida, malária e tuberculose.
Bruxelas alerta para nova epidemia de Sida na Europa
- Redação
- Lusa/RPB
- 8 set 2004, 17:44
A Comissão Europeia alertou hoje para o risco de uma nova epidemia de Sida na União Europeia e países vizinhos, destacando que o número de novos casos na Europa Ocidental duplicou desde 1995.
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