Esta é a posição do economista-chefe da Economist Intelligence Unit (EIU), Robin Bew, em entrevista à The Economist, para quem as taxas de juro na Zona Euro não deverão subir antes da segunda metade do ano que vem.
«Se o BCE mantiver as taxas por mais algum tempo, talvez as pessoas ganhem um pouco mais de confiança», afirma.
As perspectivas para a economia europeia também não são muito optimistas. A EIU reviu em ligeira alta as suas perspectivas para a área económica do euro, depois de o crescimento do primeiro trimestre ter saído um pouco acima do que esperavam.
«Começa a notar-se uma melhoria nas perspectivas de emprego na Alemanha, o que é uma boa notícia. Mas é preciso contextualizar. As nossas perspectivas para a Zona Euro são de um crescimento de cerca de metade do esperado para os EUA este ano e apenas ligeiramente superior a metade do crescimento esperado para os EUA no ano que vem», afirmou Robin Bew.
O economista acrescenta ainda que a «retoma não é forte, mas esperamos que as melhorias sejam graduais». Para já, a dinâmica apresentada pela Europa vem sobretudo do «comércio mundial, que está muito forte neste momento, devido à elevada procura chinesa».
«As grandes economias ¿ França, Alemanha e Itália ¿ estão a comportar-se substancialmente pior do que as mais pequenas, temos de olhar diferenciadamente para cada país. No entanto, a região, como um todo, vai recuperar, embora tão cedo não deva sequer aproximar-se do ritmo de expansão da economia norte-americana», considera, concluindo que as taxas de juro nos EUA deverão subir mais do que aquilo que o mercado espera, ainda que comece a dar sinais de abrandamento.
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Subida das taxas de juro do BCE penalizaria sentimento económico
- Paula Martins
- 14 jul 2004, 10:22
![Euros](https://img.iol.pt/image/id/68783/1024.jpg)
Uma subida das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE) não teria um efeito muito negativa sobre a actividade económica dos Doze em si, mas penalizaria a confiança dos agentes económicos.
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