TGV vai ter de vender bilhetes «low cost» - TVI

TGV vai ter de vender bilhetes «low cost»

Governo apresenta projecto do TGV

Os operadores dos comboios da rede ferroviária de alta velocidade vão ser obrigados a vender uma certa percentagem de bilhetes de TGV a preços de «low cost», para manter este modo de transporte competitivo com o transporte aéreo.

Segundo Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes, explicou ao «Diário Económico», existe um valor de referência do preço dos bilhetes para um determinado trajecto, assente nas conclusões dos inquéritos de tráfego e das elasticidades da procura.

Mas, esse quadro permite estabelecer tarifas mais baixas, uma tendência que se vai elevar progressivamente com a liberalização do transporte ferroviário de passageiros, o que permitirá tornar mais competitivos e melhorar os cenários de preços, de tempos de percursos e de níveis de conforto.

«A política comercial dos futuros operadores vai ter que respeitar esta obrigação de apresentar preços mais variados e inferiores aos valores de referência», assegura Ana Paula Vitorino.

No entender da secretária de Estado dos Transportes, «existem muitas margens de procura que podem ser adicionadas, pode-se ir buscar mais procura com preços económicos fora das horas, dos trajectos e dos tipos de serviço em que existe menor procura».

Ou seja, «estamos a falar da extensão de «low cost» à rede de alta velocidade, cuja aplicação ao nível do preço dos bilhetes e dos restantes serviços será alvo de cláusulas no contrato a celebrar com os operadores dos comboios e dos restantes serviços da rede» de alta velocidade.

Esta será a segunda parte do projecto do TGV a ser negociada entre o Estado e os privados. Depois de, na semana passada, ter sido anunciado que a parte da super-estrutura (carril e catenária) dos troços Lisboa-Madrid e Lisboa-Porto será dividida em cinco PPP (Parcerias Público-Privadas), mais um para a sinalização e telecomunicações, o Governo tem ainda de definir o modelo de negócio a aplicar para a parte da exploração do material circulante (comboios e carruagens) e do próprio serviço (horários, bilhetes).
Continue a ler esta notícia