PT e Telefónica desmentem compra da Telemig Celular pela Vivo

Os rumores sobre a «compra» da Telemig pela Vivo, avaliada em 1,3 mil milhões de euros, circularam na passada sexta-feira no Brasil, diz a «Lusa».

Embora seja dado como certa por parte da imprensa especializada, a compra da Telemig Celular pelo Vivo ainda depende de novo «round» na próxima terça-feira, quando as outras duas empresas interessadas, a mexicana Claro e a brasileira Oi, poderão reajustar os valores oferecidos até agora.

As propostas para a aquisição da Telemig Celular e Amazónia Celular são consideradas baixas pela significativa participação nas empresas do grupo Opportunity, que possui uma disputa com o Citigroup.

O processo de venda da Telemig Celular arrasta-se há meses e está a ser conduzido pelo banco de investimentos Merrill Lynch.

Há dois anos, a operadora de Minas Gerais, Sudeste do Brasil, era um activo importante para a Vivo e para a mexicana Claro, que não tinham rede nem licença para actuar naquele Estado vizinho do maior centro económico do país, São Paulo.

Com a demora na venda, as empresas interessadas procuraram alternativas e, consequentemente, o valor do negócio caiu.

A Vivo, apesar de continuar a não operar em Minas Gerais, deve comprar em breve uma faixa na sequência de 1,9 Ghz para entrar no segundo Estado mais populoso do Brasil, onde a joint-venture PT/Telefónica ainda opera em «roaming».

Já a Claro conseguiu licença em leilão de sobras da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e lançou sua própria operação em Minas Gerais, em Dezembro de 2005.

Mas a Telemig Celular seria uma «forma diferenciada», segundo o jornal Valor Económico, de a Vivo imprimir sua marca naquele Estado, enquanto que para a Claro o negócio significaria uma forma de ficar em situação mais confortável diante do avanço da rival Telefónica.