O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) afirmou esta quinta-feira que o Orçamento de Estado (OE) para 2009 será «difícil de cumprir» por ser demasiado ambicioso quanto às metas de crescimento.
«É um Orçamento de Estado que vai ser difícil de cumprir. Vamos precisar de sorte e que uma série de coisas que não dependem de nós, e estão na envolvente, corram bem», afirmou José António Barros.
O mesmo responsável referiu que «se as coisas voltarem a derrapar à escala internacional, só por milagre o orçamento poderia ser cumprido», acrescentou durante um encontro com jornalistas, no Porto.
Para o presidente da AEP, o crescimento de 0,6 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) previsto no documento para 2009 é uma meta demasiado «gananciosa».
Por isso, sustenta: «Não digo que se fique nos 0,1% que foram recentemente apontados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), mas 0,6% é uma meta ambiciosa», considerou.
Já relativamente ao aumento previsto de 2,9% nos salários da função pública, José António Barros é taxativo ao afirmar que «é excessivo» e defende que o Governo deveria ter ficado, «no máximo, nos 2,5%».
Globalmente, o presidente da AEP considera que o OE para 2009 está «bem construído», salientando será «muito difícil fazer um orçamento neste momento», remata.
AEP acredita que OE2009 só será cumprido «com sorte»
- Redação
- CPS
- 16 out 2008, 13:52
Responsável garante que «vamos precisar de sorte»
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