H5N1: 60 trabalhadores vacinados - TVI

H5N1: 60 trabalhadores vacinados

Gripe das aves em Inglaterra [arquivo]

Todos os funcionários que estiveram em contacto com aves infectadas foram medicados com Tamiflu. Complexo aviário tem quase mil portugueses, mas não se sabe quantos trabalham nesta unidade contaminada

Sessenta trabalhadores da criação de Inglaterra onde foi detectada a presença do vírus H5N1 da gripe das aves, estão a ser medicados com anti-virais por «precaução», disse ao PortugalDiário fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

As informações sobre este caso na Inglaterra têm sido contraditórias, mas fonte da secretaria de Estado das Comunidades portugueses garantiu ao PortugalDiário que não se sabe ainda quantos cidadãos nacionais tiveram contacto com as aves infectadas, naquela unidade inglesa.

O cônsul português está neste momento a deslocar-se até ao complexo para aferir quantos portugueses poderão ter estado em contacto com estas aves infectadas, informou a mesma fonte, acrescentando que a secretaria de Estado das Comunidades portuguesas tem estado em contacto com as autoridades inglesas, depois de ter sido confirmada, na quinta-feira à noite, a presença do vírus H5N1 numa criação de perus em Holton, perto de Lowestoft, no Suffolk.

Segundo fonte do gabinete do secretário de Estado, António Braga, «foi detectado um vírus nas aves que, segundo as autoridades inglesas, tem uma possibilidade ínfima de infectar os seres humanos».

Medicados com anti-virais por «precaução»

Os 60 trabalhadores que estiveram em contacto com os animais infectados estão a ser tratados com medicamentos anti-virais como medida de precaução.

A mesma fonte acrescentou que a criação pertence a uma empresa internacional, que está sedeada em Inglaterra e que emprega, além de cidadãos ingleses, polacos, romenos e portugueses.

À agência Lusa, um responsável sindical da região inglesa revelou que trabalham no complexo aviário quase mil trabalhadores portugueses. Adriano Guedes, o responsável sindical que representa os trabalhadores portugueses na região, adiantou que há milhares de portugueses nesta área, mas na exploração em questão o número ultrapassa ligeiramente os 900.

A fonte da secretaria de Estado das Comunidades não confirmou à Lusa esta informação, afirmando que ainda não dispõe de «números concretos».

Autoridades garantem que não há contágio

Contudo, as autoridades de saúde britânicas garantiram que não foi registado qualquer contágio humano no complexo e a empresa informou, em comunicado, que as aves não entraram na cadeia alimentar.

O abate de 159 mil perus da criação deverá demorar cerca de dois dias, segundo o porta-voz do ministério do Ambiente inglês.
Continue a ler esta notícia