Desemprego cai 13% em Portugal - TVI

Desemprego cai 13% em Portugal

Desemprego

O número de pedidos de desempregados que se encontravam registados nos Centros de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, ascendia a 397.482, no fim do mês de Maio de 2007 correspondendo a 83,3% do total de pedidos de emprego, revelam os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).

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Em termos anuais, o volume de desemprego decresceu 13%, o que equivale a menos 59.527 inscrições de desempregados.

A comparação com o mês anterior evidencia uma quebra de 23.203 desempregados, o que se traduz num decréscimo mensal de 5,5%. A redução do desemprego, relativamente ao mês homólogo de 2006, reflectiu-se nos dois géneros e com maior incidência nos homens (-16,6%). O género feminino apesar de maioritário, sofre uma descida do desemprego menos acentuada, quer relativamente ao mês homólogo de 2006 (-10,4%) quer face ao mês anterior (-5,1%).

As ofertas de emprego que ficaram por satisfazer, em todo o país, no final de Maio de 2007 somavam 14.671. Eram mais 32,4% do que no mês homólogo e mais 6,7% do que no mês anterior. Com excepção da Madeira (menos 33,7% de ofertas anuais) todas as regiões recolheram acréscimos homólogos de ofertas disponíveis, em particular o Alentejo (+57,3%) e o Norte (+51,1%). Nos Açores, apesar do volume de ofertas ser pouco significativo (160), estas, subiram em termos anuais 196,3% (+106).

Ao longo deste mês, registaram-se, nos Centros de Emprego do País, 42.662 desempregados, número inferior ao verificadono mês homólogo (-2,7%) e superior ao de Abril deste ano (+12,4%). Em termos anuais, o fluxo de desempregados aumentou no Alentejo (+6,4%), na Madeira e Açores (respectivamente +1,8% e +1,2%), enquanto que em termos mensais decresceu nos Açores (-27,6%).



Por idades, o desemprego jovem (que representa 12,6% do total) regista decréscimos mais elevados em termos anuais (-14,6%) e mensais (-9,3%). A procura de novo emprego que motivou a inscrição de 92,3% do total de desempregados, sofreu um decréscimo de 14,1%, em relação a Maio do ano passado. Por seu lado, os que se encontravam à procura de primeiro emprego aumentaram 767 (+2,6%), face ao mesmo mês do ano anterior.

Todos os níveis de habilitação escolar registaram um menor volume de desempregados, quer em termos anuais (destaque para o 2º ciclo do Ensino Básico com -20,2%) quer mensais (destaque para o Superior com -7,6%).

Além disso, o desemprego de longa duração (1 ano e mais de inscrição), correspondia a 42% do total do desemprego registado e, em termos de evolução, sofreu um declínio anual de 15,0%.

O desemprego de curta duração (menos de 1 ano de permanência em ficheiro) também baixou (-11,5%), em termos homólogos, mas de forma mais moderada.

Numa perspectiva regional, e comparando com o mês de Maio de 2006, denota-se uma evolução do desemprego no sentido descendente em quase todas as regiões, constituindo excepção as Regiões Autónomas da Madeira (+12,8%) e dos Açores (+3,8%). Lisboa (-14,9%) e o Alentejo (-14,6%) registaram as maiores descidas anuais de desempregados.

Trabalhadores não qualificados lideram desempegados

A análise das profissões mais comuns dos desempregados inscritos nos ficheiros dos Centros de Emprego do Continente, no final do mês em análise, vem, uma vez mais, confirmar «a elevada representatividade dos trabalhadores não qualificados dos serviços e comércio» (51.200), dos «empregados de Escritório» (45.950), do «pessoal dos serviços de protecção e segurança» (41.781) e dos «trabalhadores não qualificados das minas, construção civil e indústria transformadora» (34.756). Estes quatro grupos profissionais representavam, em conjunto, 45,1% do total de desempregados.
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