Crise imobiliária em Espanha sem reflexos em Portugal - TVI

Crise imobiliária em Espanha sem reflexos em Portugal

Living Porto

José Macedo afirma que espera a venda de «cerca de 215 mil casas» em Portugal ainda este ano

Relacionados
A crise do mercado imobiliário em Espanha não terá reflexos significativos em Portugal e, mais do que um risco, poderá até revelar-se uma oportunidade, segundo agentes do sector contactados pela agência «Lusa».

«Em Portugal, não se verificou nada do que se passou em Espanha», disse à «Lusa» o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), José Eduardo Macedo.

Segundo este dirigente, a crise em Espanha surge como consequência de uma «saturação» da oferta e de um aumento «anormal» dos preços dos imóveis, que não se verificaram em Portugal.

«O preço final dos imóveis não tem aumentado tanto como os preços dos terrenos, matéria-prima, mão-de-obra, projectos e impostos», afirmou, salientando que desde 2000 que há «contenção nas margens» de lucro das imobiliárias.

O presidente da APEMIP admitiu que, como «o mercado português não está saturado», alguns espanhóis até poderão optar por comprar imóveis em Portugal, nomeadamente para turismo residencial ou segunda habitação.

Espanhóis tentam vender terrenos comprados em território nacional

José Eduardo Macedo referiu também que há alguns investidores espanhóis que, para fazer face a «dificuldades de tesouraria», «estão a tentar vender terrenos» que tinham comprado em Portugal como investimento de longo prazo.

De acordo com o presidente da APEMIP, os preços das casas novas «não podem baixar», porque as margens de lucro já estão muito baixas, mas nas casas usadas é provável que baixem.

«No mercado de usados, vai haver um acerto do preço para baixo. Muitas casas de particulares estão colocadas à venda a preços muito acima do que valem», realçou.

José Eduardo Macedo disse esperar que sejam vendidas em Portugal este ano cerca de 215 mil casas, das quais apenas 60 mil novas, o que representa um ligeiro decréscimo relativamente aos anos anteriores (menos 5.000 e 10.000, respectivamente, do que em 2007 e 2006).
Continue a ler esta notícia

Relacionados