As mesas de voto já fecharam no Bangladesh, após uma jornada eleitoral marcada por violentos confrontos entre partidários de formações políticas rivais, que causaram pelo menos 17 mortos e mais de 20 feridos.
Um porta-voz da comissão eleitoral local disse à agência espanhola Efe que as cerca de 40 mil assembleias de voto fecharam à hora prevista (16h00 locais, 10h00 em Lisboa).
Mais de 100 milhões de eleitores foram chamados a eleger 299 deputados para o Parlamento.
A primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, é a grande vencedora das eleições parlamentares de hoje, segundo os resultados parciais avançados por um canal de televisão.
Até ao momento o seu partido já conquistou 29 dos 300 assentos no Parlamento, ao passo que nenhum lugar foi ainda ocupado pela oposição, anunciou o Canal 24, que compila os resultados do escrutínio em todo o território.
À frente do governo há dez anos, Sheikh Hasina, de 71 anos, está prestes a ver renovado o seu quarto mandato. Sheikh Hasina deve a sua popularidade a um período de forte crescimento económico, por ter livrado o país da imagem de nação miserável.
O Bangladesh também acolheu centenas de milhares de rohingyas fugidos da Birmânia.
Contudo, os seus críticos descrevem-na como uma autocrata embrionária que prendeu o seu rival Khaleda Zia e reprimiu dissidentes com prisões em massa de ativistas da oposição, desaparecimentos forçados e leis draconianas que abafam a imprensa.
A oposição do Bangladesh já rejeitou os resultados parciais das eleições legislativas e exigiu a realização de novas eleições.
"Apelamos à comissão eleitoral para que anule imediatamente os resultados", declarou o líder da oposição, Kamal Hossain, aos jornalistas. "Exigimos a realização de novas eleições o quanto antes, por um governo neutro", acrescentou.