Cientistas querem exumar Galileu para analisar ADN - TVI

Cientistas querem exumar Galileu para analisar ADN

Internacional

Objectivo é saber se o astrónomo, que morreu cego, sofria de alguma doença genética que lhe afectava a visão

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Um grupo de cientistas italianos quer abrir o túmulo de Galileu Galilei para analisar o seu ADN e saber se o astrónomo, que morreu cego, sofria de alguma doença genética que lhe afectava a visão.

O projecto, de investigadores do Observatório Arcetri e do Museu da História da Ciência de Florença, tem por objectivo reproduzir as sensações de Galileu quando há quatro séculos observou os astros pela primeira vez com um telescópio.

A exumação dos restos mortais do astrónomo, matemático, físico e filósofo italiano, que se encontram na Basílica de Santa Cruz, permitiria também identificar uma mulher jovem sepultada no mesmo túmulo, que, segundo se crê, seria a freira Maria Celeste, sua filha.

Apesar de ter recebido da basílica uma primeira resposta negativa para abrir o túmulo, Francesco Palla, director do Observatório Arcetri, não desiste de levar por diante o seu objectivo.

O projecto foi anunciado quarta-feira na apresentação da exposição «Galileu: Imagens do Universo da Antiguidade do Telescópio», que estará patente de 13 de Março a 30 de Agosto no Museu da História da Ciência de Florença e que inaugura em Itália as celebrações de homenagem ao famoso cientista e do Ano Internacional da Astronomia.

Os promotores da mostra conseguiram recriar as condições da lente daquele primeiro telescópio para saber, com maior exactidão, que universo foi visto por Galileu, tendo em conta os seus problemas visuais.

«Há uma componente psicológica na captura das imagens nas mesmas condições objectivas das observações de Galileu», afirmou Fransesco Palla. «Apesar do céu que observava ser diferente do actual, devido à poluição luminosa contemporânea, podemos entender melhor quais eram as suas observações e interpretações», acrescentou, salientando a importância no caso de Saturno, onde não distinguia os anéis e os interpretava como prolongamentos do planeta como satélites, como acontece com Júpiter.
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