Ataques em Oslo: «Ninguém nos bombardeará ao silêncio» - TVI

Ataques em Oslo: «Ninguém nos bombardeará ao silêncio»

Responde primeiro-ministro. Suspeitas de autoria dos dois atentados recaem sobre norueguês

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O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, respondeu esta noite a quem levou a morte a pelo menos 17 pessoas em Oslo e na ilha de Utoeya. «Ninguém nos bombardeará ao silêncio. Ninguém nos baleará ao silêncio. Ninguém nunca nos assustará por sermos a Noruega».

Os ataques desta sexta-feira deixaram a Noruega em estado de choque e revestida de medo. O atentado à bomba no centro governativo de Oslo fez até ao momento sete mortos. Os edifícios governamentais ficaram visivelmente destruídos e há quem compare a destruição a um colapso total dos prédios.



Na ilha de Utoeya o massacre parece ter feito ainda mais dor. Os relatos de que um homem alto e loiro chegou à ilha, atraiu os jovens e disparou a matar, fazem crer num cenário de absoluto terror. As autoridades afirmam que mais de 10 jovens foram mortos e relatam que muitos outros lançaram-se à água para fugir dos tiros, em busca pela vida. As autoridades procuram ainda muitos jovens desaparecidos, alguns no mar.

Depois do ataque, que segundo alguns jornais terminou com vários corpos espalhados ao longo da costa da ilha, as autoridades detiveram um homem. O ministro da Justiça já veio confirmar que se trata de um norueguês de 32 anos.

Na conferência de imprensa desta noite, o primeiro-ministro garantiu que o Governo vai encontrar o culpado e leva-lo à Justiça. «Não nos irão destruir. Não irão destruir a nossa democracia, os nossos ideais por um mundo melhor», diz o primeiro-ministro que vai mais longe na mensagem que deixa ao povo. Os ataques irão criar «mais abertura e mais democracia» no país.

«Atacar um dos locais mais pacíficos, um campo juvenil politica, é especialmente brutal. Um acto de cobardia», salientou Stoltenberg, que se recusou também a confirmar a reivindicação do atentado por parte de um grupo islâmico , que mais tarde voltou atrás na palavra. «Não queremos confirmar ou negar declarações de grupos a reclamar responsabilidade pelos ataques. Nós não queremos que a situação se torne mais séria do que é», disse.

A autoria dos atentados foi durante todo o dia uma das questões mais abordadas. A coordenação dos atentados levou muitos especialistas em terrorismo a considerar que um grupo islâmico ligado à Al Qaeda estaria por detrás dos acontecimentos. No entanto, as últimas informações, como a nacionalidade do suspeito detido e o facto de também terem sido encontrados explosivos na ilha, fazem crer que poderemos estar perante o ataque de um homem só.

Um acto de terrorismo interno de um norueguês que vestido de polícia terá deixado um carro armadilhado no centro da cidade e duas horas depois chegou a um campo juvenil e engrossou o rasto de sangue que criou.

Apesar do primeiro-ministro não comentar a autoria dos atentados, as autoridades norueguesas, segundo a EFE, estão convencidas de que os dois ataques não são da responsabilidade de grupos terroristas internacionais, mas sim de movimentos locais anti-sistema.
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