WikiLeaks: hemorragia grave de Fidel aconteceu num avião sem médico - TVI

WikiLeaks: hemorragia grave de Fidel aconteceu num avião sem médico

Fidel Castro aparece na TV

Secção de Interesses dos EUA em Havana enviou para Washington conteúdo de relatório médico

Relacionados
A saúde de Fidel Castro é um dos tabus mais delicados de Cuba. Sabe-se que o líder histórico cubano esteve muito mal, há quatro anos, e que isso o obrigou a entregar as rédeas da ilha comunista ao seu irmão Raul. Agora, devido aos telegramas da WikiLeaks, ficou também a saber-se que a hemorragia intestinal que sofreu aconteceu a bordo de um avião que teve de aterrar de emergência.

Segundo o jornal espanhol «El País» - uma das cinco publicações de referência mundial a quem a organização liderada por Julian Assange entregou mais de 250 mil telegramas diplomáticos dos EUA - os detalhes sobre o incidente que envolveu Fidel constam de um relatório médico, que foi considerado credível pela Secção de Interesses dos EUA em Havana e enviado para o Departamento de Estado, em Washington.

O «El País» assinala que o problema de saúde atingiu o líder cubano quando este se deslocava de Holguín para Havana - uma viagem de 734 quilómetros. A 14 de Março de 2007, o conteúdo do relatório em causa chegou à Secção de Interesses norte-americana. «Castro atravessa um estado terminal e sofrerá um inevitável desgaste das suas faculdades mentais até ao momento da sua morte. Mas não vai morrer imediatamente», escreveu o então chefe da missão diplomática, Michael Parmly.

O responsável salientou ainda que o «regresso definitivo» de Fidel à vida pública era «improvável». O «El País» aponta que a primeira intervenção cirúrgica falhou, assim como a primeira tentativa de reabilitação. Mas, a partir da leitura que foi feita dos telegramas, dá conta de falta de informações de que dispunham inicialmente os diplomatas norte-americanos sobre a saúde de Castro.

As detalhes posteriores foram obtidas através de uma fonte que teve acesso ao relatório médico do incidente - cujo nome não é identificado. Foi com base numa entrevista com essa fonte que foram elaboradas as informações enviadas para Washington.

«O problema começou no avião de Holguín para Havana (nota: depois de um dia de intensas actividades, a 26 de Julho de 2006. Fim de nota)», refere o telegrama.

Depois de o avião aterrar foi determinado que a hemorragia foi provocada por uma diverticulose e uma perfuração de intestino.
Continue a ler esta notícia

Relacionados