«Charlie Hebdo» faz edição especial com «A vida de Maomé»

A revista satírica francesa «Charlie Hebdo» publicou uma edição especial onde Maomé volta a ser personagem central.

Nesta quarta-feira foi posta à venda uma banda desenhada (que custa 6 euros) chamada «La vie de Mahomet» [«A vida de Maomé»]com a chancela de uma publicação que já recebeu retaliações quando retratou de outras forma o profeta islâmico.

«é uma biografia autorizada pelo Islão, pois foi editada por muçulmanos», disse Stephane Charbonnier, o diretor da «Charlie Hebdo», que foi também o autor dos desenhos.

Charbonnier, mais conhecido por «Charb», vive atualmente sob proteção policia, depois de já ter recebido várias ameaças de morte.

A publicação francesa é condenada pelos muçulmanos desde que reproduziu as caricaturas de Maomé que sairam em 2006 na imprensa dinamarquesa.

Em 2011, uma edição intitulada «Charia Hebdo», onde Maomé saiu de novo representado em váris desenhos foi seguida de um ataque à bomba às instalações ds revista.

Nas declarações que Charb deu à AFP, como cita o «France24», o diretor da «Charlie Hebdo» não espera desta vez retaliações: «Não penso que as mentes muçulmanas mais esclarecidas de todas possam encontrar algo inapropriado.»

A capa desta edição especial - a «1ª parte» intitulada «Les débuts d`un prohête» [«Os começos de um profeta» - mostra mostra Maomé a conduzir um camelo pelo deserto e o autor revelou o mote deste novo episódio: «Antes de nos rirmos com uma personagem é melhor conhecê-la. Sabemos muito da vida de Jesus, não sabemos nada sobre Maomé», acrescentou Charb.