Colômbia: FARC anunciam libertação de três reféns - TVI

Colômbia: FARC anunciam libertação de três reféns

  • Portugal Diário
  • 18 dez 2007, 19:15

E aguardam instruções do presidente venezuelano, Hugo Chávez

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As auto-denominadas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) anunciaram esta terça-feira que libertarão três dos 45 reféns que mantêm na selva colombiana e que aguardam instruções do presidente venezuelano, Hugo Chávez, escreve a Lusa.

Segundo a agência de notícias Prensa Latina (cubana), as FARC emitiram um comunicado no qual anunciam a libertação de Clara Rojas, o seu filho Emanuel e Consuelo González, que «serão entregues ao presidente venezuelano, Hugo Chávez, ou a quem ele indique».

A agência cubana refere ainda que a libertação «é um gesto de desagravo aos familiares dos retidos, a Chávez e à senadora Piedade Córdoba, cuja gestão do acordo humanitário foi suspensa pelo governo colombiano».

O comunicado de sete pontos, assinado pelo Secretariado das FARC, revela que «a ordem para a libertação» dos reféns na Colômbia «já foi dada».

As Farc insistem na criação de uma zona «neutra», durante 45 dias, para materializar o acordo humanitário de troca de reféns por guerrilheiros detidos e agradecem a Hugo Chávez a sua dedicação como facilitador, ao mesmo tempo que consideram que «a anulação da gestão facilitadora foi uma acto de barbárie diplomática».

A 20 de Agosto último, Hugo Chávez pediu ao seu homólogo colombiano, Álvaro Uribe, e ao líder das FARC, Manuel Marulanda, para «aceitarem» a sua mediação para um «acordo humanitário».

Como sinal de «boa vontade», indultou 41 paramilitares colombianos detidos em Caracas desde 2004, acusados de «propósitos desestabilizadores» contra o seu governo, nomeadamente rebelião civil.

A 21 de Novembro último, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, anunciou que dava «por terminada» a mediação da senadora (colombiana) Piedad Córdoba e do presidente Hugo Chávez, agradecendo-lhes a ajuda prestada.

A decisão surgiu depois de Bogotá saber que Hugo Chávez contactou, telefonicamente, o comandante do Exército colombiano, general Mário Montoya, apesar de Álvaro Uribe se opor a que o seu homólogo venezuelano entrasse em contacto directo com o alto comando institucional colombiano.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, pediu ao seu homólogo colombiano para «manter o diálogo» com o presidente venezuelano, para conseguir a libertação dos «reféns políticos» detidos pelas FARC, entre eles a ex-candidata presidencial franco-colombiana Ingrid Betancourt, sequestrada durante a campanha presidencial de 2002.
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