Fidel Castro admitiu, esta quinta-feira, o estado precário da sua saúde, ao afirmar que não espera assistir ao final do mandato de Barack Obama, para lhe fazer o balanço, como o fez a dez presidentes dos Estados Unidos, escreve a Lusa.
Numa coluna online intitulada «Reflexões do Camarada Fidel», o ex-líder cubano declara que os seus sucessores não devem sentir-se condicionados pelas suas reflexões, estado de saúde ou morte.
«Tive o raro privilégio de observar os acontecimentos durante um tempo muito longo. Recebo informações e medito calmamente sobre esses acontecimentos. Prevejo que não desfrutarei desse privilégio daqui a quatro anos, quando tiver terminado o primeiro mandato presidencial de Obama», escreveu.
«O Fidel que percorria as ruas de madrugada abraçando as pessoas não voltará»
O essencial da sua coluna foi dedicado ao elogio a Obama, em parte pela sua decisão de fechar a prisão de Guantánamo. Barack Obama é o 11.º presidente dos Estados Unidos que Fidel Castro vê em exercício desde a revolução cubana e meio século de relações tensas entre os dois países.
«O rosto inteligente e nobre do primeiro presidente negro dos Estados Unidos transformou-se, com a inspiração de Abraham Lincoln e Martin Luther King, num símbolo vivo do sonho americano», escreveu Fidel.
No entanto, Fidel Castro antevê que Obama em breve poderá ser vítima do sistema norte-americano: «O que é que ele fará em breve, quando o imenso poder que tomou nas mãos for absolutamente inútil para ultrapassar as contradições insolúveis e antagónicas do sistema (americano)?»
Fidel Castro não espera assistir ao fim do mandato de Obama
- Redação
- CP
- 23 jan 2009, 07:38
Ex-líder cubano admitiu o estado precário da sua saúde
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