Síria: situação pode «deteriorar-se» ainda mais - TVI

Síria: situação pode «deteriorar-se» ainda mais

TVI24

Ministros dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos e de Portugal assinam acordos de cooperação

Relacionados
O chefe da diplomacia dos Emirados Árabes Unidos disse que as propostas da ONU sobre a Síria estão a ser ignoradas por Damasco e que a situação pode «deteriorar-se» ainda mais.

«Neste momento, a situação na Síria não segue a direção certa. Apelamos para o regime assumir os compromissos relacionados com as propostas de Kofi Annan. É evidente que a Liga Árabe e o Conselho de Segurança estão a monitorizar de perto esta missão. Annan não é apenas representante da ONU, mas também da Liga Árabe e o sucesso da missão é extremamente importante», disse Abdullah Bin Zayed Al Nhyan, em Lisboa, após a assinatura de acordos de cooperação com Portugal.

«Toda a comunidade internacional condena o regime sírio. A grande responsabilidade, neste momento, é do regime de Damasco, por não estar a comportar-se da forma correta no respeito pela sobrevivência do povo sírio», sublinhou o ministro dos Negócios Estrangeiros dos Emirados Árabes Unidos, que recordou que a reunião da Liga Árabe realizada na quinta-feira conseguiu convergência de pontos de vista sobre o conflito.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas, disse que a atitude do presidente sírio, Bashar al-Assad, para com as Nações Unidas tem sido insuficiente.

«A Síria é um drama diário. O presidente Assad não percebeu as mudanças que se anunciaram e não foi capaz de fazer as reformas importantes. É impossível para a comunidade internacional aceitar que um regime político dispare sobre a sua própria população como tem acontecido na Síria e a verdade é que, apesar da entrada dos primeiros observadores das Nações Unidas o cumprimento por parte do regime sírio do acordado nas Nações Unidas é manifestamente insuficiente», disse Paulo Portas.

Os dois ministros assinaram acordos de cooperação nas áreas das energias renováveis e eficiência energética, educação e investigação científica.

Paulo Portas afirmou ainda, após a reunião no Palácio das Necessidades, que pôs à disposição da diplomacia dos Emirados Árabes Unidos o projeto de privatizações de Portugal.
Continue a ler esta notícia

Relacionados