Zimbabué: cólera já matou mais de mil pessoas - TVI

Zimbabué: cólera já matou mais de mil pessoas

Zimbabué: ONG denuncia situação desesperante

Epidemia não pára de alastrar e pode piorar com a chegada da época das chuvas

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A cólera matou, desde Agosto, 1.111 pessoas no Zimbabué, número que pode aumentar com a época de chuvas, refere um balanço divulgado esta terça-feira pelas Nações Unidas (ONU).

Desde Agosto, a doença, infecção causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados com a bactéria «vibrio cholerae», não pára de alastrar e as organizações internacionais têm tido dificuldade em dar resposta às necessidades crescentes da população.

A epidemia poderá ainda piorar com a chegada da época das chuvas, num país onde as infra-estruturas de distribuição de água potável e de esgotos se encontram num estado deplorável. Ao todo já foram diagnosticados, em todo o país, 20.581 casos suspeitos, segundo dados do gabinete de coordenação de assuntos humanitários da ONU (OCHA).

O balanço precedente avançado pela ONU, segunda-feira, dava conta de 978 mortos e 18.413 casos suspeitos diagnosticados em todo o país.

A região mais atingida continua a ser a capital, Harare, com 224 mortos para 9.072 casos diagnosticados, seguida da cidade de Beitbridge, na fronteira com a África do Sul, onde a epidemia matou 99 pessoas (3.546 casos diagnosticados).

Na passada quinta-feira, o Presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, afirmou que a cólera tinha acabado no país porque «os nossos médicos, auxiliados por outros e pela OMS conseguiram domar a epidemia».

Um dia depois do anúncio de Mugabe na televisão, o ministro da Informação zimbabueano acusou o Reino Unido de causar deliberadamente a epidemia de cólera através de um «ataque químico-biológico destinado a cometer genocídio contra o povo».
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