Um homem de 84 anos, vacinado contra a covid-19, há vários meses, morreu no dia 22 de julho, após ter estado em contacto com uma pessoa não vacinada.
Durante vários anos, os sete filhos de Allen, achavam que o pai era imortal. Depois de sobreviver a vários acidentes de carro e de lidar há vários anos com uma obstrução pulmonar crónica .
No entanto, nada previa que a covid-19 viesse a ser a causa de morte do pai de família, já vacinado e com todos os cuidados.
O homem, internado nos cuidados intensivos, no estado da Flórida, pediu ao médico para repetir o diagnóstico, incrédulo. O médico acrescentou que ele era um caso num milhão, nesta circunstância.
Em declarações ao jornal The Washington Post, as filhas de Clark Allen contam que o pai escolheu vacinar-se, logo em janeiro, assim que as vacinas ficaram disponíveis no estado da Flórida. Depois disso, o homem manteve os cuidados máximos, mesmo depois de fevereiro e só saía do centro de dia onde se encontrava para ir ao supermercado, dar caminhadas ou sentar-se no seu sítio preferido, junto ao mar.
Mas todo o cuidado foi pouco e, no dia oito de julho, Clark foi hospitalizado mas saiu quatro dias depois. Em menos de 12 horas voltou ao hospital, com dificuldade em respirar.
A condição do homem de 84 anos foi piorando ao ponto de Allan ter de se despedir da família, com uma máscara de oxigénio e por facetime. Foi um dos primeiros norte-americanos vacinados a morrer de covid-19.
Quando chegou a altura de escrever o obituário do pai, Danielle e Nicole Allen-Gentile, duas das filhas da vítima, quiseram homenagear a vida do pai e expressar toda a raiva e frustração que sentiram pela forma como o pai foi infetado.
Ele foi infetado por alguém que escolheu não ser vacinado e a sua morte podia ter sido evitada. É desejo da família que toda a gente seja vacinada para prevenir mais mortes, doença e tristeza", pode ler-se no documento.
A morte de Allen enfatiza os desafios contínuos enfrentados pelo estado da Flórida, o epicentro americano de uma pandemia alimentada pela variante delta, altamente transmissível, e os milhões de pessoas que permanecem não vacinados.