Estudo: Asmáticos não recebem tratamento adequado - TVI

Estudo: Asmáticos não recebem tratamento adequado

  • Portugal Diário
  • 5 mar 2007, 17:02

Nove em cada dez europeus com asma grave têm ausência de cuidados

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Nove em cada dez europeus asmáticos não recebe o tratamento adequado, revela um estudo da Federação Europeia de Alergias divulgado esta segunda-feira. A notícia foi avançada pela agência Lusa.

A asma afecta perto de 150 milhões de pessoas em todo o mundo.

Em Portugal, estima-se que mais de 600 mil pessoas sofram de asma.

Segundo o estudo, não está a ser dado tratamento adequado a 90 por cento dos seis milhões de europeus que sofrem de asma grave.

A ausência de cuidados faz também com que um milhão e meio de pessoas viva em constante medo de morrer de ataque asmático.

Para realizar o estudo intitulado «As limitações da asma aguda» foram inquiridas 1.300 pessoas com asma grave em França, Alemanha, Suécia e Reino Unido.

Entre outros dados, o trabalho realça que 70 por cento dos afectados com este tipo de asma não pode realizar nenhum tipo de exercício físico e um em cada três afirma que a sua vida social está limitada por culpa da doença.

Questionados sobre a forma de corrigir a deficiência nos actuais tratamentos, um em cada três dos entrevistados mostra-se partidário de que os governos invistam mais dinheiro na investigação e 14 por cento defende a proibição de fumar em lugares públicos.

Segundo a Federação, cerca de 30 milhões de pessoas na Europa padecem de asmas de carácter crónico, um número que duplicou nos últimos vinte anos.

A prevalência varia de país para país com taxas entre os 13,8 por cento no Reino Unido e os 4,7 por cento na Alemanha, enquanto em Espanha a doença afecta cinco por cento da população.

O custo total das doenças relacionadas com a asma na Europa ascende a 17.700 milhões de euros por ano enquanto a perda de produtividade está estimado em 9.800 milhões de euros anuais.

Segundo a federação, nove por cento das mortes por asma registadas anualmente na Europa poderiam ser evitadas mediante uma maior sensibilização pública, um acesso correcto aos cuidados adequados, a aplicação de políticas para melhorar o meio ambiente e o desenvolvimento de novos tratamentos.
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