Os três suspeitos dos ataques terroristas dos últimos dois dias, em Paris, foram mortos pela polícia esta sexta-feira, pouco depois das 16:00 (17:00 em Paris).
As caras do crime (infografia)
Chérif e Said Kouachi são suspeitos do ataque ao «Charlie Hebdo». Foram abatidos no momento em que saíram da unidade fabril, aos tiros. A polícia, que cercava o local há várias horas, abriu fogo.
Há imagens em que se ouve o som da troca de tiros. A pessoa mantida refém dentro da unidade fabril foi salva e encontra-se bem. O homem estaria fechado numa sala, segundo fontes citadas na imprensa francesa, e os irmãos Kouachi nem sequer saberiam que ele se encontrava lá.
Também no supermercado em Paris, em Porte de Vincennes, o sequestrador foi morto, na sequência do assalto feito pela polícia. Era o suspeito Amedy Coulibaly. Quatro reféns morreram, quatro ficaram gravemente feridos e quatro polícias também ficaram feridos.
Alguns reféns foram libertados com vida, entre os quais crianças, como se pode ver nesta imagem partilhada no Twitter:
#France: end of 2 hostage situations. Gunman killed and hostages freed in #Paris. 2 shooters killed in #Dammartin pic.twitter.com/zLu7A8dKPw
— José Miguel Sardo (@jmsardo) 9 janeiro 2015
«Tomámos a decisão de realizar estas operações para libertar os reféns», justificou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, à France 2.
O mesmo responsável confirmou que os irmãos Kouachi «eram conhecidos» dos serviços de informação franceses. «Mas nada levava a crer que pudessem praticar um ato deste tipo», acrescentou.
Já a outra suspeita, Hayat Boumeddiene, companheira de Amedy Coulibaly, não se encontrava dentro supermercado. Ainda está a ser procurada pela polícia.
Vários líderes europeus, incluindo Passos Coelho, já anunciaram que estarão presentes na marcha republicana agendada para o próximo domingo, em Paris, por iniciativa de Hollande, em defesa dos valores da liberdade, igualdade e fraternidade.