Gripe A: primeiro caso de contágio no Reino Unido

Um funcionário do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, em inglês) que trabalha na Escócia foi a primeira pessoa a ter um caso de gripe suína contraída no país, confirmaram esta sexta-feira as autoridades escocesas.

Segundo noticia a agência Efe, o teste de Graeme Pacitti, de 24 anos, deu positivo para a doença após manter contacto com seus amigos Iain Askham e Dawn Askham, que tinham contraído o vírus durante a sua lua-de-mel em Cancun, no México.

A ministra da Saúde escocesa, Nicola Sturgeon, que anunciou pessoalmente o caso, admitiu que o contágio entre pessoas «é preocupante», mas sublinhou que «isso não significa que existam mais razões para as pessoas se preocuparem».

Os recém-casados, de Polmont, na Escócia, foram os dois primeiros casos detectados no Reino Unido e regressaram ontem a casa após cinco dias de isolamento num hospital.

A Agência de Proteção da Saúde (HPA, em inglês) confirmou esta sexta-feira o décimo caso - incluindo o de Pacitti - de gripe suína neste país numa pessoa da cidade de Merseyside que recentemente voltou do México. Pouco depois, a HPA dava conta de 11º caso da doença, descoberto num aluno de uma escola de Bristol, no sudoeste da Inglaterra.

Os dois últimos casos no Reino Unido foram divulgados um dia depois de o Ministério da Saúde ter lançado uma campanha nacional para alertar a população sobre a gripe suína.

O assessor médico do Governo do Reino Unido, Liam Donaldson, já admitiu que haverá «muitos mais casos» de gripe suína à medida que o vírus se espalhar, mas que a maioria das pessoas vai recuperar bem.

Apesar de só haver 11 casos confirmados, o número de casos suspeitos ultrapassa os 600, segundo a Agência para a Protecção da Saúde. Pelo menos duas escolas foram fechadas por precaução e todos os infectados e vários dos seus próximos estão a ser tratados com o antiviral Tamiflu.

O governo vai reforçar as reservas deste medicamente de cerca de 30 milhões para 50 milhões de doses e encomendou «vários milhões de máscaras» para os trabalhadores dos serviços médicos que correm maior risco de contágio.