Detidas 170 pessoas em rede de pornografia - TVI

Detidas 170 pessoas em rede de pornografia

Detidas 170 pessoas em rede de pornografia

14 meninas foram resgatadas, algumas com apenas três anos

(ACTUALIZADA ÀS 18 HORAS)

Uma operação internacional que ainda prossegue permitiu desmantelar sete redes de pornografia infantil, deter 170 pessoas e resgatar 14 meninas em vários países, informou segunda-feira o FBI.

O que começou em 2006 com uma advertência das autoridades australianas sobre um vídeo sexualmente explícito em que aparecia uma vítima muito jovem, converteu-se numa das maiores operações do mundo sobre pornografia infantil, segundo o FBI.

Desde então, a operação «Joint Hammer» terminou com sete grandes redes de pornografia infantil e permitiu o resgate de 14 meninas, algumas com apenas 3 anos, que foram vítimas de abusos sexuais.

Sites com pornografia infantil em Portugal

O FBI não disse em que países se realizou a operação, mas informou que, dos 170 detidos, mais de 60 são cidadãos norte-americanos.

O FBI trabalhou conjuntamente com os membros da Iniciativa Nacional de Imagens Inocentes, com o Departamento de Justiça (DOJ), com os Serviços de Inspecção dos Correios e com o Serviço de Imigração e Alfândegas (ICE) nos Estados Unidos e com as polícias de 28 países.

De acordo com fonte oficial da PJ, em declarações ao IOLPortugalDiário não foram realizadas buscas ou detenções em Portugal no âmbito da referida operação.

Segundo a mesma fonte, depois de analisada a matéria recolhida nestas operações, «é normal que possa surgir troca de informações» com a polícia portuguesa.

50 mil e-mails com conteúdos

A operação começou há tres anos quando as autoridades receberam um vídeo da Austrália em que aparecia uma vítima que, pelo sotaque flamengo, poderia ser de origem belga. O FBI pôs-se em contacto com as autoridades belgas e começou a parte da investigação europeia conhecida como Operação Koala.

A polícia belga identificou e deteve o abusador, que forneceu informação sobre o produtor do vídeo, de nacionalidade italiana, que dirigia um sítio pornográfico na Internet.

Quando a polícia italiana deteve o produtor e fechou a sua página na Internet, investigou 50 mil correios electrónicos que tinham sido enviados de todo o mundo. Do total de correios electrónicos, 11 mil eram procedentes dos Estados Unidos.
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