Centenas de milhares de pessoas nas ruas do Brasil

Notícia atualizada às 00:55

Centenas de milhares de brasileiros estão nas ruas nos protestos marcados para mais de 100 cidades, entre elas São Paulo e Rio de Janeiro. Não há números oficiais de feridos ou detidos.

Polícias Militares entraram em confronto com manifestantes em Salvador, na Baía, para os impedir de se aproximarem do estádio Arena Fonte Nova, onde vai decorrer o jogo da Taça das Confederações entre Nigéria e Uruguai.

Cerca de 20 mil pessoas tentavam aproximar-se do estádio, quando os polícias usaram bombas de efeito para os deter, a cerca de dois quilómetros da Arena Fonte Nova, segundo o jornal «Estado de São Paulo». Não há informações sobre feridos ou detidos.

Este foi o primeiro incidente registado nas manifestações marcadas para esta quinta-feira.

Em Brasília, cerca de 30 mil pessoas estão em frente ao Congresso Nacional. As autoridades têm um cordão policial montado para tentar evitar nova invasão à sede do poder legislativo. Também se registou um pequeno confronto entre manifestantes e polícias, que utilizaram gás pimenta e cassetetes contra um grupo isolado. A situação já foi normalizada, segundo imagens da televisão local.

A presidente Dilma Rousseff esteve reunida com uma das suas ministras no Palácio do Planalto e conseguiu sair sem incidentes.

Os manifestantes tentaram invadir o Palácio de Itamaraty, onde funciona o Ministério dos Negócios Estrangeiros. Pelo menos duas pessoas conseguiram.

No Rio de Janeiro, estão cerca de 300 mil pessoas na rua e as imagens transmitidas pelas televisões brasileiras são impressionantes. A TV Record disse mesmo em direto que está um milhão de pessoas na manifestação. A polícia já utilizou a cavalaria e blindados para tentar travar os grupos mais violentos.

Manifestantes e polícias entraram em confronto ao início da noite em frente à Prefeitura do Rio de Janeiro. Há pelo menos 11 feridos, segundo a Secretaria de Saúde local.

No final da caminhada pela Avenida Rio Branco, um grupo de manifestantes começou concentrar-se em frente ao edifício da Prefeitura, onde um pequeno grupo atirou fogos-de-artifício contra agentes da Polícia Militar, que responderam com bombas de gás lacrimogéneo.

Houve correria e parte das pessoas dispersou, mas uma multidão continuou a caminhar pelas ruas de forma pacífica e sem tumulto.

Um jornalista da Globo News ficou ferido porque levou um tiro de bala de borracha na testa.

Estão 110 mil pessoas na manifestação de São Paulo, segundo a «Folha de S. Paulo». Um grupo de militantes do Partido dos Trabalhadores, da presidente Dilma Rousseff, foi atacado por outros manifestantes e as bandeiras do partido foram queimadas.