MH17: Malásia enviou equipas de investigadores, de socorro e médicas para local - TVI

MH17: Malásia enviou equipas de investigadores, de socorro e médicas para local

Avião malaio despenha-se na Ucrânia (Reuters)

O alegado ataque ao avião já foi condenado e criticado por vários dirigentes e organizações mundiais

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A Malásia enviou na quinta-feira equipas de investigadores, de socorro e médicas para a Ucrânia para ajudarem nos trabalhos de rescaldo à queda do avião da Malaysian Airlines e espera autorização para montar um corredor humanitário no local.

«O governador da Malásia está a despachar um voo especial para Kiev, com uma equipa especial de assistência e socorro malaia, bem como uma equipa médica», disse o primeiro-ministro Najib Razak numa conferência de imprensa, depois de os serviços secretos norte-americanos já terem avançado que o avião da Malaysian Airlines terá sido derrubado por um míssil terra-ar.

O governante disse ainda ter tido a garantia do Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, de que iria ser feita uma investigação «completa, rigorosa e independente» ao acidente.

«O Presidente ucraniano confirmou também que o seu Governo está a negociar com os rebeldes no leste do país a montagem de um corredor humanitário no local», acrescentou.

Um Boeing 777 da Malaysian Airlines fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur com 298 pessoas a bordo e desapareceu dos radares da Ucrânia a uma altitude de 10.000 metros.

O aparelho perdeu a comunicação com terra na região oriental de Donetsk, perto da cidade de Shaktarsk, e palco de combates entre forças governamentais ucranianas e rebeldes federalistas pró-russos.

Segundo responsáveis dos serviços secretos norte-americanos, o avião foi abatido por um míssil terra-ar de origem ainda desconhecida.

Entretanto, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) reúne-se de urgência na sexta-feira em Nova Iorque, a partir das 10:00 locais (15:00 de Lisboa), a propósito do abate do avião comercial malaio.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, já atribuiu à Ucrânia a responsabilidade pela queda do avião malaio, enquanto o seu homólogo ucraniano classificou o acidente como «um ato terrorista» e assegurou que «as Forças Armadas ucranianas não efetuaram tiros suscetíveis de atingir alvos no ar».

Depois de várias companhias aéreas europeias e uma norte-americana terem anunciado a suspensão dos voos sobre o leste da Ucrânia, a organização europeia de segurança e navegação aérea (Eurocontrol) restringiu aquele espaço aéreo.

Contactada pela Lusa, a TAP - Air Portugal esclareceu que a transportadora portuguesa «não utiliza o espaço aéreo ucraniano».

Entre as 298 pessoas que seguiam a bordo do avião, 154 eram holandesas, 27 australianas e, pelo menos, quatro francesas, disse fonte da transportadora e do governo francês, que não adiantaram a identidade das restantes vítimas.

O Governo português desconhece, por enquanto, se existiam portugueses a bordo, disse o secretário de Estado das Comunidades.

«A Direção-Geral dos Assuntos Consulares está a fazer todas as diligências possíveis no sentido de saber se há portugueses ou lusodescendentes entre os passageiros do avião», afirmou José Cesário à agência Lusa.

O alegado ataque ao avião já foi condenado e criticado por vários dirigentes e organizações mundiais.
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