Notícia actualizada às 8h45
Foram vistos vários tanques a abandonar o complexo residencial de Muammar Khadafi onde se travam violentos combates, numa altura em que as forças leais ao coronel controlam ainda 15 a 20 por cento de Trípoli, disse fonte dos rebeldes à televisão Al Jazeera, esta segunda-feira.
Vários combates estão também a ser travados no sul da capital e cerca das 06:30 locais (05:30 em Lisboa) eram ouvidos tiros junto ao hotel Rixos, onde está alojada a imprensa internacional, de acordo com o repórter da AFP em Tripoli.
Em apenas 24 horas, a coluna de guerrilheiros rebeldes conseguiu atingir o coração da capital. Durante a noite, os festejos na Green Square (Praça Verde) encheram o espaço, símbolo do regime de Khadafi. O local passou agora a chamar-se Praça dos Mártires. Em Benghazi, milhares saíram à rua para celebrar a entrada na capital.
Os rebeldes líbios atacaram no domingo a sede de uma unidade de elite do exército de Kadhafi e aproveitaram as armas que aí encontraram para lançarem uma ofensiva contra a capital.
Numa estrada a caminho de Tripoli, os rebeldes líbios conseguiram assumir o controlo de uma unidade do exército das forças fiéis a Muammar Khadhafi que estava construída como uma fortaleza, cercada por uma floresta de eucaliptos e com um muro de 20 metros de espessura, designada Khamis, nome do filho mais novo do líder líbio.
«Estas armas são como um dom de Deus para a última etapa antes da chegada a Tripoli», afirmaram os rebeldes, que festejaram a conquista disparando tiros para o ar enquanto diziam «Deus é grande», segundo a AFP.
Esta noite, o representante do Conselho de Transição avançou em entrevista à Al Jazeera, que um dos filhos de Khadafi, Saif Al-Islam tinha sido capturado. E, de acordo com a Reuters, outro dos filhos de Khadafi, Mohammed Al-Khadafi entregou-se aos rebeldes.
Algumas horas depois, numa entrevista à Al Jazeera, Mohammed admitiu que tinha sido detido e estava em «prisão domiciliária». Segundo a Reuters, a entrevista foi interrompida quando este afirmou que a sua casa tinha acabado de ser cercada por homens armados.
Quanto ao líder líbio, ninguém sabe do seu paradeiro. Durante a madrugada, Khadafi fez vários apelos ao povo, através da televisão, para que «salvassem Trípoli», mas o povo saiu para festejar e não lutar.
Em Benghazi, o bastião dos rebeldes, milhares sairam às ruas para festejar e gritar «Deus é grande».
Khadafi ainda não se rendeu e o fim do regime ainda não é oficial, mas pelo desenrolar dos acontecimentos, o anúncio do fim pode acontecer nas próximas horas.
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, perante os desenvolvimentos deste domingo já veio apelar para que a transição de poder «seja pacífica e imediata». Garantindo que a Aliança Atlântica está disposta a «ajudar» o Conselho de Transição a atingir esse objectivo.
Tropas de Khadafi controlam ainda parte de Trípoli
- Redação
- PO
- 22 ago 2011, 07:23
00:46
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