Moçambique: governo recua e congela todos os aumentos dos preços

As manifestações estão a surtir efeito. O Governo de Moçambique anunciou ao início da tarde desta terça-feira o congelamento do aumento dos preços que geraram a onda de contestação em Maputo, que resultaram em 13 mortos e 93 feridos.

Segundo os jornais locais, os dados são muito concretos e são referentes aos bens de primeira necessidade (nomeadamente o pão, a energia eléctrica e a água), segundo decisão tomada em conselho de Ministros extraordinário. De assinalar que esta tomada de posição surge no dia em que se comemoram os 36 anos da assinatura dos acordos de Lusaka, entre a FRELIMO e o Governo português.

Sucintamente, as medidas garantem a manutenção do preço do pão através de um subsídio; o congelamento dos aumentos dos salários dos dirigentes e membros dos conselhos de administração de empresas públicas; medidas de isenção fiscal na importação de alguns produtos alimentares como a batata, o tomate entre outros (esta medida é transitória e dura até Dezembro); redução de viagens aéreas dentro e fora do país e ajudas de custo para os dirigentes; redefinição das necessidades em viagens na classe executiva; redução do preço de ligação de água; manutenção do preço de água para os que consomem 5 mil litros de água.