Capa do Charlie Hebdo gera polémica com Isabel II a asfixiar Meghan como se fosse Floyd - TVI

Capa do Charlie Hebdo gera polémica com Isabel II a asfixiar Meghan como se fosse Floyd

A alusão à morte de George Floyd asfixiado pelo joelho de um polícia norte-americano não está a ser bem recebida pelo público. O jornal satírico está a ser acusado de racismo e de menosprezar a morte de Floyd

O jornal satírico francês Charlie Hebdo volta a estar nas bocas do mundo por mais uma capa controversa. Desta vez o alvo não foi o autointitulado Estado Islâmico, mas sim a família real britânica e a morte de George Floyd.

Na imagem, pode ver-se a Raínha Isabel II com um joelho sobre o pescoço de Meghan Markle, numa reconstituição dos momentos que antecederam a morte de George Floyd, asfixiado por um polícia norte-americano.

No título da publicação, pode ler-se: “Porque é que Meghan abandonou Buckingham...”. A resposta é dada pela caricatura da própria: “Porque já não conseguia respirar”.

O jornal satírico Charlie Hebdo está a ser acusado de racismo por menosprezar a morte de George Floyd a troco de lucros.

George Floyd morreu depois de ter sido detido brutalmente pela polícia do estado de Minneapolis, por tentar comprar tabaco com uma nota falsa. Floyd resistiu durante nove minutos, com joelho do ex-agente Derek Chauvin sobre o seu pescoço, enquanto gritava: “I can´t breathe” (não consigo respirar, em português).

A morte de George Floyd acabou por alavancar os protestos “Black Lives Matter”, sobre o mote “We can’t breathe”, que se alastrar a vários pontos do globo.

No Twitter, são vários os utilizadores que não escondem a revolta. As acusações de racismo e pedidos para que o jornal satírico seja encerrado multiplicam-se.

No entanto, há quem equipare a situação à capa com as caricaturas do profeta Maomé, que geraram revolta entre o povo islâmico, e defenda que a liberdade de expressão tem de ser generalizada. 

Continue a ler esta notícia