NATO pede mais apoio a Portugal para missão no Afeganistão - TVI

NATO pede mais apoio a Portugal para missão no Afeganistão

Afeganistão

A partir de Dezembro deverão seguir mais dez militares para formação em Cabul. Ministro da Defesa visita pela primeira vez a missão afegã. Portugueses são responsáveis entre outras, pelo comando do aeroporto da capital afegã. PortugalDiário acompanha viagem ao Afeganistão

A NATO já pediu a Portugal mais dez militares para formação em controlo aéreo no teatro de operações no Afeganistão. Um segundo pedido, que ainda não é oficial, solicita a presença de um avião C130 da Força Aérea portuguesa para serviços de transporte da missão internacional da Internacional Security Assistance Force (ISAF), liderada pela NATO.

O ministro da Defesa Nacional, Luís Amado, visita esta segunda-feira, pela primeira vez, o contingente português no Afeganistão. As Forças Armadas portuguesas estão representadas neste país com 196 militares, sobretudo do Exército e da Força Aérea. Também em estreia no teatro de operações estão dois militares portugueses que passam a integrar o grupo da ISAF que está sob comando italiano.

Admitindo que «a situação no Afeganistão não é estável», o general Valença Pinto, chefe de Estado Maior do Exército diz aos jornalistas, antes de chegar a Cabul, que além do abraço que leva aos militares portugueses, espera poder «conversar com os altos responsáveis militares locais sobre a reestruturação da missão prevista para meados do próximo ano».

A 15 dias do fim, uma das operações mais importantes dos militares portugueses neste país é o comando do Aeroporto Internacional de Cabul, na capital afegã. Aqui estão 37 homens da Força Aérea, dois militares do Exército e um da Marinha. A unidade especial de combate ao terrorismo - os comandos - estão presentes com uma companhia de 148 militares. No quartel-general da Força Internacional da NATO estão mais quatro homens do Exército. Da missão fazem parte mais sete controladores de tráfego aéreo.

A bordo do avião C130, que transporta materiais de reabastecimento à missão e jornalistas, estão também um capitão e um primeiro-sargento do Exército. Duas substituições justificadas, no primeiro caso, por questões de saúde de um militar que foi evacuado para Portugal com ferimentos num joelho e, no segundo caso, por inadaptação à missão.

Recorde-se que, em Dezembro de 2001, a intervenção da ISAF foi aceite neste país para prestar assistência às autoridades afegãs. Além do trabalho de manutenção de segurança, os militares desta força têm por missão o treino das Forças Armadas e de Segurança do país.

O Afeganistão é considerado um dos maiores exportadores de droga e terrorismo do mundo. Do cultivo da papoila depende a sobrevivência de dois milhões e meio de pessoas. A mesma actividade é fonte de financiamento aos grupos armados que formam as milícias de oposição ao regime.
Continue a ler esta notícia