Mutilação genital: 180 mil meninas em risco na Europa - TVI

Mutilação genital: 180 mil meninas em risco na Europa

Ser feminina é... (Reuters)

Portugal está entre os 13 estados-membros com vítimas reais ou potenciais

Segundo dados da Amnistia Internacional, na Europa, onde se estima que vivam 500 mil mulheres mutiladas, 180 mil meninas estão em risco anualmente de serem sujeitas à mutilação genital feminina (MGF).

Realizado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE), a pedido da vice-comissária europeia Viviane Reding, um estudo lançado esta quarta-feira conclui que «a maioria» dos Estados-membros da União Europeia (UE) tem canalizado «recursos escassos» para alterar os comportamentos que conservam a prática da MGF.

O estudo refere ainda que, apesar de não existirem «indícios fortes» da prática de MGF no espaço da UE, pelo menos 13 Estados-membros, entre os quais Portugal, contam com vítimas, reais ou potenciais, entre os seus habitantes.

No dia em que foi apresentado o primeiro estudo sobre mutilação genital feminina (MGF) nos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) e na Croácia, prestes a aderir, a Comissão Europeia anunciou que quer recolher opiniões sobre as melhores medidas e as melhores práticas para eliminar a MGF da União Europeia.

Para tal, lançou uma consulta pública, aberta até 30 de maio, segundo um comunicado oficial.

«Lanço um apelo a todos os que refletem sobre este problema para que partilhem os seus pontos de vista sobre a melhor maneira de combater este flagelo», disse a vice-presidente da Comissão Europeia, Viviane Reding, citada no comunicado.

A Comissão Europeia aproveitou ainda para, antecipando o Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 08 de março, anunciar um financiamento global de 15,1 milhões de euros para ações que promovam a igualdade de género.

Desses 15,1 milhões, 3,7 milhões destinam-se a apoiar as ações de sensibilização sobre a violência contra as mulheres promovidas pelos Estados-Membros e 11,4 milhões serão entregues a organizações não-governamentais e outras associações de apoio às vítimas, acrescenta a Lusa.
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