Benazir Bhutto teme novos atentados - TVI

Benazir Bhutto teme novos atentados

  • Portugal Diário
  • 19 out 2007, 17:45

Ex-primeira-ministra pediu ao governo de Pervez Musharraf mais meios para a sua protecção

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A ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto pediu hoje ao governo de Pervez Musharraf mais meios para a sua protecção, após o ataque contra a sua caravana que fez hoje pelo menos 139 mortes e 400 feridos, em Carachi.

«Sei que há outros ataques planeados contra mim e confio que o governo fará tudo o possível para que não se materializem», disse Bhutto numa conferência de imprensa numa sala da sua residência de Carachi, sul do Paquistão.

Apesar de realçar que não culpa o governo pelo ataque, a antiga chefe de governo disse que «sabia que ia haver um atentado» e que entregara uma carta ao presidente paquistanês, general Pervez Musharraf, em que dava conta do perigo e indicava os nomes de três pessoas que deveriam ser investigadas se algo lhe acontecesse.

«Deixei claro que, se me atacassem, não acusaria os talibãs nem a Al-Qaida, mas sim três pessoas, pois sei muito bem quem são os meus inimigos no exército e nos serviços de informações do Paquistão», adiantou Bhutto.

«Não culpo o governo, mas sim alguns indivíduos que são membros de uma facção política e abusam da sua posição», referiu.

A líder do Partido Popular do Paquistão (PPP) acrescentou que «um país muçulmano amigo» lhe transmitiu informações de possíveis ataques por parte de quatro grupos: os talibãs do Afeganistão, os talibãs paquistaneses, grupos ligados à Al-Qaeda e «um quarto grupo de Carachi».

Acrescentou que toda essa informação era do conhecimento do governo paquistanês. Bhutto, 54 anos, revelou ainda que, algumas horas antes do atentado, as forças de segurança tinham detido um homem com uma pistola e um cinto de explosivos.

Interrogada sobre por que regressara ao seu país se sabia da possibilidade de um atentado, Bhutto sublinhou que dera a sua palavra «ao povo do Paquistão».

«Sei que haverá gente que pensará que fui ingénua, mas creio que foi a decisão correcta. Temos que se estar preparados para pagar o preço quando se luta por aquilo em que se acredita», declarou.
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