«Sei exactamente quem me quer matar» - TVI

«Sei exactamente quem me quer matar»

  • Portugal Diário
  • 19 out 2007, 11:34

Paquistão: Benazir Bhutto acusa partidários do antigo regime militar do general Zia-ul-Haq

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A antiga primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto acusou esta sexta-feira os partidários do antigo regime militar do general Mohamad Zia-ul-Haq de terem fomentado o atentado que a visou quinta-feira em Carachi, sul do Paquistão, refere a Lusa.

«Sei exactamente quem me quer matar. São os dignitários do antigo regime do general Zia que hoje em dia estão por detrás do extremismo e do fanatismo», afirmou Bhutto numa entrevista dada hoje de madrugada pelo telefone ao semanário francês Paris Match e publicada no site do jornal.

O pai de Benazir Bhutto, o ex-primeiro-ministro Zulfiqar Ali Bhutto, foi derrubado em 1977 pelo general Zia ul-Haq e posteriormente executado em 1979.

O atentado, que visou Benazir Bhutto algumas horas depois de regressar ao Paquistão após oito anos de exílio, causou pelo menos 133 mortos e cerca de 400 feridos.

O Presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, apresentou hoje as suas condolências a Benazir Bhutto pelas 133 pessoas mortas no atentado suicida que a visou quinta-feira em Carachi, indicou o porta-voz do Presidente.

Musharraf telefonou a Bhutto «para lhe transmitir sentidas condolências após este atentado terrorista» e prometeu tudo fazer para deter os culpados, declarou o general Rashid Qureshi.

«Condenamos todos estes actos de terrorismo e ninguém deve tentar aproveitar estas situações para lançar acusações, de parte a parte», acrescentou Musharraf, de acordo com o porta-voz.

Entretanto, um senador do Partido do Povo Paquistanês (PPP), Safdar Abbasi, anunciou hoje que Benazir Bhutto continuará no Paquistão para liderar o PPP nas eleições legislativas em meados de Janeiro de 2008.

«Ela fica no Paquistão, não se vai embora e está determinada», sublinhou.

«Não vamos modificar os nossos planos. O nosso combate pela democracia vai continuar. Vamos participar nas eleições», acrescentou.
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